19 de abril não é dia de festa e sim de reflexão. Estamos vivendo um momento uno na Historia política Indígenista brasileira. A Política de ação esta sendo aguçada no seu contexto Maximo entre as comunidades indígenas. Observamos a construção de um espaço político de consciência e solidariedade dentro das aldeias.

Espaço que é preenchido com uma política democrática e pluralista. Constatamos o carinho, o anelo a preocupação das comunidades em estudar as leis constituídas vigentes. Principalmente as que tangem os direitos do povo aborígines frente à Constituição Federal e outras tantas leis que protege os grupos étnicos.

Assistimos os grupos em reuniões reorientando os demais para que aprendam a cobrar dos Governos os compromissos ora assumidos. Vemos as lideranças que não se corromperam a briga para ajudar as suas comunidades com muita dignidade a ganhar sua liberdade sócia e econômica.

Esses lideres idôneos travam uma luta ferrenha para que sua comunidade possa ter uma política social eqüitativa a todos que dela necessitam principalmente os espoliados pelo o modelo econômico e governamentista.

“Nesta hora de labor é de suma importância à junção política ideológica das comunidades. Para nos posicionarmos contra a opressão, a discriminação, a truculência, o massacre físico – psíquico, o desapossamento do nosso território sagrado, a manipulação eclesiástica. Entre tantas outras mazelas que aniquilam os nossos irmãos nos dias atuais”, diz patixi.

“Não podemos, mas aceitar sermos chamados de ‘Índios’! Esse substantivo vem carregado de abusão, demagogia, discriminação e preconceito. O tratamento de Índios folclóricos, ou seres exóticos em nossas próprias terras tem que ser extraído do imaginário brasileiro”, lembra o Professor de historia, Lambari.

Infelizmente ainda tem uma minoria de pessoas desinformadas que tratam os aborígines como se eles fossem objetos ou um ser incapaz de pensar e agir. Mais isso vem mudando significativamente nos últimos anos. Depois de um grande trabalho de conscientização, percebe-se que a sociedade esta amadurecendo e que muitos estão consolidando um pensamento inovador em relação ao povo etnicamente diferente.

Podemos ate dizer que chegamos a um contexto de gênero, que os Índios não são diferentes nos aspectos físico e intelectual. São apenas diferentes na forma de ver o mundo em que vive.

A selvagem indolência humana destruiu tudo que era belo e paradisíaco nesse País, a começar pelos os Índios que aqui viviam. Milhões deles foram assassinados.

Entre Mucuri, Prado e Belmonte foram dizimados quase trinta povos. Entre eles estavam: Botocudos, Maconis, Malalis, os Capuchos, os Camunachos, os Machacalís, os Panhamis, os Aimorés, Abatirá (que os invasores diziam ser canibais), Tupinambás, Tamoios, os Tupiniquins, Meniens, Camacans, Mak Nanuks, Giporoks, Mucunés, Aranás, Urucus, Pojichás, Criciúmas, Potés e tantos outros povos dos quais não têm registros.

Ate a década de 1960 toda essa região litorânea de Mucuri a Belmonte era território dos Povos indígenas, sendo invadido por volta de 1970. Hoje eles estão diante de um fogo cruzado. Os Pataxós estão passando por uma pressão muito grande com a publicação do relatório. Esperamos que a Justiça seja feita.