Desde a colonização desse pais que hoje é chamado de Brasil, já se passaram 509 anos, e desde então os povos indígenas do Nordeste, passaram por vários conflitos e confrontos. E após a colonização, veio à igreja católica depois os coronéis do Sertão, o cangaço não foi uma época muito boa e para acabar veio os grileiros de terras indígenas. Assim muitos costumes, foram se perdendo como, por exemplo, a língua e com tanto contato com a sociedade não indígena a miscigenação foi inevitável.
E com isso muito dos traços indígenas foram sendo perdidos, e o mito que no Nordeste Brasileiro não existia mais povos indígenas, foi espalhados para o Brasil inteiro. Mas mesmo assim, apesar de tudo isso os povos indígenas do Nordeste, preservam uma cultura viva e resistente, que são passadas de pai para filho, isso a varias gerações.

Permanecendo então, a alma de guerreiros com uma cultura própria e diferenciada, formando então nações indígenas fortes, apesar de todas as dificuldades encontradas ao longo dos tempos. E um exemplo disso é o povo Pankararu, do Sertão Submédio São Francisco – PE, que até os dias de hoje apresenta sua cultura através de suas manifestações como a iniciação de seus jovens através do ritual do Menino do Rancho, a Corrida do Imbu que se torna um ritual de purificação por conta do cansanção (tipo de urtiga), entre outras mais de segredo ao publico não indígena.

E isso prova que o indígena, tem sim como conviver e adquirir novos conhecimentos não indígenas, e não deixar de serem guerreiros, de ter uma cultura própria e diferenciada e de serem indígenas.
Assim mostrar para o mundo, que os indígenas tanto no Nordeste como de outros cantos do Brasil, não são mais seres exóticos e sim homens e mulheres inteligentes e pensantes, como sempre foram, que ainda caça, pesca e praticam seus rituais, mas que também ocupam seus espaços na sociedade como qualquer outra pessoa.
Assista trechos do ritual Pankararu do menino do Rancho…

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Alex Pankararu
alex@indiosonline.org.br