A expropriação reduziu os índios de Porto Real do Colégio a ter de vender sua força de trabalho aos proprietários da região. Os pequenos produtores de algodão,arroz, milho, cana e criadores de gado, que compraram lotes de maior extensão. Mas os indígenas vam se tornar mão-de-obra barata aos grandes produtores fora da aldeia, em outros municípios e até em outros estados. Em 1933, os trabalhadores indígenas, vão trabalhar de alugados na limpa ou colheita do algodão, para as fazendas e propriedade dos posseiros. Em 1936 índios de Colégio trabalham na olaria na confecção de tijolos e telhas para a construção da Fábrica de Beneficiamento de Arroz na ” Rua dos Caboclos”, já que são a mão-de-obra barata. Em 1941, os indígenas trabalhavam na Fazenda Federal Fomento Agrícola, na limpa do algodão e milho, como também na colheita da produção. Em 1951, os indíos de Colégio iriam trabalhar na Fazenda São Bento do Sr.,Ilário Veiga, na limpa de algodão. Na “Rua dos Índios”, em 1954, o dono da Fábrica de Beneficamento de Arroz e Algodão, contrata o serviço dos indígenas no transporte da produção. Em 1962 cerca de 50 índios de porto Real do Colégio vão trabalhar na Fazenda Lagoa Grande no Estado de Sergipe. O serviço era arrancar touco de mameleiro de mão, numa região infestada de cascavéis. Por falta de trabalho parte dos índios foram chamados para a Fazenda Capiatã da Usina Coruripe no município de Junqueiro-Al., em 1965. O serviço era a limpa de cana, faixa de fogo,coivara, roço e terra planagem . Em 1968 um grupo de índios de Porto Real do Colégio, viajam para trabalhar na Fazenda Velha Rocheira, da Usina Sinimbu-Al., no serviço de derrubada da mata. Em 1969 os índios estavam trabalhando como estivadores na Estação da Rede Ferroviária Federal em Porto Real do Colégio. Em 1974 os indígenas trabalhavam na Usina Seresta, no serviço de cavação de sucos na terra. Com a implantação do Projeto Itiúba de arroz irrigado, em 1975, os indígenas são transformados em parceleiros, produtores rurais, e deixam a cond~ição de trabalhar para particulares até 1994. Atualmente ainda trabalham para terceiros por falta de opição de emprego e renda, continua o drama. Nhenety Kariri-Xocó.