Chegou o período de chuva e enquanto uns ainda estão preparando suas terras outros já estão plantando.
A maior fonte de renda do povo Pankararu é a agricultura de subexistência e a criação de animais. Aqui se planta milho, mandioca, macaxeira, batata doce e muitos outros, mas o que se planta mais aqui são alguns tipos de feijão como feijão de corda, o andu e o de arranca, mas o milho também tem seu valor porque alimenta os animais de pequeno porte e com ele as índias fazem a famosa canjica, que é um dos alimentos que antigamente era a salvação das famílias mais humildes, mas até hoje é consumido por todos.
Embora grande parte da colheita, seja para o consumo da família, dependendo das condições nessa época do ano poucos índios ainda conseguem vender uma pequena parte do que se foi colhido, mas o essencial para todos é encher seus vasos para que possam consumir esse feijão ate a próxima colheita.
A terra é pouca para o número de índios, mas mesmo assim todos aproveitam seu pedacinho de terra pra plantar suas roças e assim obter seu próprio sustento.
Há alguns anos atrás não foi muito bom para os Pankararu na área de agricultura porque não chovia o bastante e muitos perderam suas sementes por conta da seca, que castigou o povo e os animais. Mas esse foi um bom ano, a quatro dias não se vê sinal de sol, isso ajuda aqueles que ficam o dia inteiro na roça preparando o terreno e muita chuva que deixa a terras úmidas e ajuda na hora de plantar, dessa vez vai ser recompensado o esforço dos pequenos agricultores Pankararu.

“Todos sabem que é cansativo e exige força de vontade para trazer uma boa alimentação para seus filhos, mas o que eu posso garantir é que nada se constrói parado.
O destino ensinou todos nós a caminharmos com as próprias pernas, então não devemos esperar pelos outros e sim trabalhar por um futuro melhor em todos os aspectos”.

“Joabson Gomes”