onde os parentes sofreram com o Aldeamento jesuítico, muitos morreram com a construção da Igreja Nossa Senhora da Escada e com o coronelismo. Na época onde os parentes começaram a fugir para as áreas mais distante do litoral.
Serra das trempes, que tem muitas histórias recentes da época que os coronéis do cacau começaram a reinar em nossa aldeia tomando as pequenas áreas dos nativos da região a troco de cachaça a droga que hoje mais mata os jovens com desentendimento uns com os outros que acaba resultando em mortes trágicas e os anciões que se vicia muito jovem e chega uma certa idade que a saúde num agüenta e vem a falecer, também por pequenas dividas que os parentes acabaram fazendo pela inocência e por pensar que essas pessoas eram amigas.
Mas tem historias de guerreiros que lutaram por um futuro melhor para seus filhos e netos como conta os mais velhos, um desses martírios é o índio mais conhecido como “caboclo Marcelino” um guerreiro que lutou uma parte de sua vida em defesa do território tradicional do nosso povo tentando impedir a construção da ponte do rio cururupe, para dar acesso de carros e caminhões da cidade de ilhéus até a aldeia, e como o parente estava lutando contra muitos (praças) “como era conhecido a policia da época” ele teve que fugir para comunidade de serra das trempes onde se escondeu em uma caverna de pedras e só voltava em Olivença para mostrar que ainda estava vivo lutando pelo seu direitos, depois foi encontrado e preso covardemente
E desapareceu sem ninguém saber para onde o levaram. Que logo após esta construção, começou a ser explorada pelo governo do Estado que logo encontrou muitas riquezas nas águas de nossa vila que acabou virando Estância hidromineral de Olivença e sendo administrada diretamente por Salvador “capital”, com isso os parentes começaram a ir para áreas distante de Olivença, como é o caso da família Amaral uma das maiores famílias que ainda manten a resistência na aldeia e que estão situadas nas comunidades de Olivença , Águas de Olivença que fica pelo litoral da aldeia e Serra das trempes que fica no interior. Hoje estou aqui na casa do parente Aristeu Amaral que fica no topo da Serra das trempes onde temos uma vista privilegiada do território e que constatamos um grande índice de desmatamento, “tem vários buracos onde tínhamos arvores nativa centenária”, diz: Aristeu com 53 ano de idade todos eles vividos na Serra das trempes, e os animais que não esta tendo mais pra onde fugir acrescenta sua esposa Adelma Amaral.
Os animais estão sumindo, antigamente quando íamos para cidade pela estrada até o ponto que passava o caminhão que fazia o transporte era 16km, encontrávamos muitas caças correndo pela mata e até mesmo tranqüilo nem se incomodava com nós, hoje ainda vemos alguns aqui por que ainda temos um pouco de mata em nossa comunidade más a maioria estão sendo dado como instintos por estudos de ambientalistas que sempre aparecem aqui em casa para tomar água, nos entrevistar pois ainda moramos no meio do mato. Más tenho fé no meu Pai tupã que no futuro bem próximos juntos com nossos filhos e netos iremos restaurar a vida de nossa aldeia. Diz: Aristeu Amaral liderança de Serra das trempes.

OBS: Relatos como este me fez refletir que a comunidade de Serra das trempes não é só um refugio dos parentes, e sim de todos seres vivos de nossa Aldeia, e, é a comunidade que fica a mais próxima do céu.

Por: Jaborandy, em relatos de Aristeu e Adelma Amaral Tupinambá.
jaborandy@indiosonline.org.br