Detenções e agressões por parte da força militar do DF marcam mais um dia de luta indígena…
O Acampamento Revolucionário Indígena, no dia 10 de julho, por volta das 5:00 da manhã foi brutalmente atacado pela força militar do DF. A Bope, PM e todo o seu aparato truculento, como num golpe de machado, destruíram o acampamento indígena. O Acampamento Indígena foi atacado sem mandato judicial, ou seja, a operação policial foi ILEGAL. Mil policiais com suas armas e seus cachorros com desejo de sangue contra 150 indígenas que permanecem resistentes em frente ao Ministério da Justiça com desejo de JUSTIÇA.
Armas, cachorros, spray de pimenta, agressões, insultos, racismo, palavras truculentas e xingamentos de todos os níveis e detenções fizeram parte do café da manhã de todos os que estavam no acampamento, servidos pelos policiais, que mais uma vez cumpriram com seu papel de opressores e mão de ferro do Estado e mais uma vez afirmaram em ações que a Ditadura somente ganhou um novo uniforme.
Os policiais não deram espaço para o diálogo já chegaram gritando “acorda vagabundos” e prendendo os que estavam na sua frente: o documentarista Murilo, que filmava a ação foi o primeiro a ser preso, ele não resistiu a prisão, mesmo assim levou muitos chutes e golpes dos policiais que ainda quebraram sua câmera e roubaram a fita com as gravações da ação. O segundo a ser preso foi o francês Jean Marc que acompanha o acampamento monitorando os direitos indígenas e ações referentes aos Direitos Humanos no Brasil. Jean Marc foi convidado pelo acampamento no intuito de fazer ecoar fora do Brasil as práticas de desumanização e massacre contra os povos originários e seu objetivo é fazer valer os direitos indígenas denunciando aos órgãos internacionais as constantes quebras de acordos como por exemplo a Convenção 169.
Mais dois indígenas foram presos e torturados com palavras arrogantes, tapas na cara e surras de cassetetes. Poucas horas depois todos foram soltos por não ter justificativa de suas prisões.
O espetáculo militar não parou nas prisões e humilhações, pois, nem as crianças foram poupadas do spray de pimenta e da intimidação com cachorros e tortura psicológica. Algumas crianças foram para o hospital e uma até vomitando sangue por causa do spray. Também uma indígena Guajajara que estava grávida não suportou a pressão psicológica acabou sofrendo um aborto.
Para finalizar os policiais levaram todos os pertences do acampamento e os indígenas sem saber para onde foram levados seus pertences, ficaram somente com o pouco que sobrou da ação truculenta e tirânica da polícia.
O responsável por essa ação não é somente o GDF, a União, à FUNAI ou o Ministério Público, mas sim de TODOS eles que uníssonos ecoam o mesmo canto fascista, que numa brincadeira infantil jogam a bola da responsabilidade de um para o outro e NUNCA mostram suas caras racistas detrás da máscara e como covardes nunca assumem seus atos, assim, escamoteiam a corrupção com posições de autoridade e mandam seus cães famintos devorarem àqueles que ousam questionar suas leis e que num belo ato de indignação lutam pelos seus direitos e não aceitam suas leis sujas de sangue e estão dispostos a irem até o fim e passar por toda e qualquer situação para mostrarem que as NAÇÕES INDÍGENAS ESTÃO VIVAS e que o inimigo pode ser grande e forte, mas não é maior que a vontade dos indígenas de derrubá-lo.
Os indígenas com toda dificuldade permanecem resistentes no mesmo local e não desistiram de lutar.

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