Acreditamos que a sensação de impotência que sentimos ao falar da saúde neste país, é sentida por todos os brasileiros que utilizam do SUS (Sistema Único de Saúde), mas o interessante é quando diz respeito a nós indígenas, onde o serviço prestado às várias etnias existentes possui um valor acima do que é pago ao servidor que atende o não indígena, perguntamos por que e para que? Haja vista, que esperamos mais de um ano para que seja feito um exame, e muitas vezes não consegue nunca, passa-se uma receita que nunca tem recurso para adquirir o medicamento, não sei para que tantos médicos, no caso de nós tupinambás, são 05 médicas, no atendimento às várias comunidades, que acabam receitando a mesma medicação na maioria das vezes para todos, de acordo o que ainda consegue-se encontrar na Farmácia do Pólo Base, e várias acabam indo para o lixo, por falta de condições para comprar a medicação agravando mais ainda o quadro do paciente, quem sabe, seja mais uma estratégia do sistema, para extinguir os povos originários neste país, ou é para o governo mostrar a ONU que está cuidando dos “índios”ou a quem interessa no exterior a fim de manter boas relações comerciais.

O governo federal, tentando se eximir de suas responsabilidades, nos fez acreditar que estadualizando e municipalizando a saúde, tornaria o sistema operante e melhor fiscalizado, como se não soubesse que é um sistema inoperante e que tudo não passa de uma corja viciada e medrosa. Para conseguir um atendimento adequado é preciso que o responsável pelo paciente, ou até o próprio, se desgaste com algum servidor, que acaba sendo conivente com os descasos e desmandos dos governos, e por medo de perderem o emprego preferem nos dar desculpas descabidas, nunca tem recurso para nada, e quando tem dizem que foram gastos com combustíveis, etc., para que tantas viaturas para transportar o doente até o atendimento médico de emergência mais próximo – e ainda assim muitas vezes não tem carro disponível, como também, um telefone que na maioria das vezes encontra-se ocupado, seria para ser usado nas chamadas de emergência – se não tem recurso para comprar a medicação, e agora virou moda no governo da Bahia, mudar tantas vezes de empresa terceirizada para complicar mais ainda a vida dos cidadãos.

Uma Central de Regulação Municipal que nunca funciona, em Ilhéus, com uma prefeitura falida, não entendemos como ainda consegue está de portas abertas, já que não tem recurso para os serviços essenciais, para que manter algo que não exerce com regularidade e precisão suas funções? Não sabemos por que o Ministério Público, ainda não fez intervenção no sentido de melhorar a saúde de todo o Povo Brasileiro, tantos desvios de recursos e tanta gente morrendo nas emergências dos hospitais públicos, por falta de atendimento médico adequado.

A saúde indígena, era regulada pela FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), estadualizou-se e passou a ser SESAI (Secretaria Estadual de Saúde Indígena), que por sua vez não funciona e depende do município, que complicou muito mais, parece que são decisões tomadas propositalmente, para fins de extermínio. Não se presta mais conta ao Conselho de Saúde, que por sua vez tem a obrigação de informar as comunidades. Queremos saber para onde está indo o dinheiro, que nunca dar para comprar a medicação, e para que tantos pedidos de exames se não consegue nem marcar por conta das benditas “cotas,” mas uma coisa nós sabemos, nosso povo está cada vez mais doente, e morrendo pouco a pouco, indígenas e não indígenas, e servidor que vai de encontro as regras do estado é exonerado, tem que ser contra sua ética e princípios para garantir seu emprego, e o contribuinte sendo lesado.

ACORDA BRASIL, CHEGA DE BERÇO ESPLÊNDIDO!