Aconteceu na sexta dia 10de Agosto aqui na cidade de ilhéus uma passeada organizada pela Associação dos Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema em protesto contra a Demarcação da Terra Tupinambá ocupando o aeroporto de Ilhéus.
Eles nos chamam de supostos índios, de invasores. E eles são o quê? Invasores a gente já sabe que eles são há muito tempo! Mas ontem ficou claro que eles são supostos pequenos agricultores!
Disseram que tinham 2500 pequenos agricultores! As pessoas em Ilhéus se conhecem! Tinham muita gente sim mas pequenos agricultores eram pouquíssimos! Deram camisa marela grátis pra todo mundo!!!
Vivem dizendo que nós indígenas recrutamos pessoas nos morros de Ilhéus! E os supostos agricultores fizeram o quê?
Atenção pequenos agricultores de verdade: VOCÊS ESTÃO SENDO USADOS!!
Atenção povo de Ilhéus: conheça melhor sua história! A verdadeira história de Ilhéus não está nos livros de Jorge Amado!
Eles usam de todo artifício para manipular as pessoas! São várias as matérias que nos difamam na mídia local impressa e digital. Vejam o panfleto que os SUPOSTOS PEQUENOS AGRICULTORES distribuiram:
Nós mesmo vimos esta manipulação acontecer. As pessoas que reconhecem a nossa luta ficaram também indignadas! A gente sabe que são poucos os pequenos agricultores não índios dentro de nosso Território, e que quem está manipulando a todos são os grandes fazendeiros, filhos dos coronéis que nos escravizaram por tanto tempo e querem continuar nos escravizando. Um levantamento fundiário facilmente comprovaria isso!
Mas hoje o povo Tupinambá de Olivença se levantou, tem consciência de seus direitos ancestrais e não vai ficar calado como nossos antepassados: Vamos lutar pela demarcação de nosso Território Tradicional e se o Estado brasileiro não cumprir com seu dever demarcando, vamos fazer a nossa AUTODEMARCAÇÃO!
FONTE DA CHARGE 2: http://historia.ricafonte.com/textos/Historia_Brasil/Colonia/Brasil%20Col%C3%B4nia%20exe.htm
Esta matéria foi publicada originalmente na Rede Índios on Line - www.indiosonline.net
Gostei de ler esse texto. Conhecendo a história dos´indígenas de Ilhéus, e um pouco da história do Brasil, achei absurdo o protesto e a camisa que vestiam que dizia “Agricultura familiar, sim, Demarcação, não”. Sendo que qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento deste país, sabe que o grande inimigo da agricultura familiar não é, nem nunca será, as terras indígenas, mas sim a agroindústria e os latifundios, que invadem não só a terra dos pequenos agricultores, mas também dos indígenas, e gera pobreza e violência neste país com a migração de tantas pessoas para viverem em favelas na cidade. Esta é a verdade!
Contra fatos não há argumentos. Se realmente fosse verdade em que a maioria dos afetados fosse índios, certamente não haveria conflito e contradições. Vemos denúncias claras e comprovadas dos atos criminosos. Índio, mesmo autodeclarados, não faz isso. Só aqueles que não têm tempo para trabalhar com a terra e cultuar suas tradições, desrespeitando os que “dizem” também serem índios; incluindo os de oitenta anos ou mais, que, estão vivendo de favor nas cidades depois de expulsos por não aceitarem imposições de seus ditos parentes do lado do mal. Joana, desculpe, mas, sua desinformação é tamanha que, mesmo que o latifúndio desempregue e concentre recursos financeiros no campo, a agricultura familiar é a que mantém tantos indígenas “puros” quanto camponeses e a variedade de alimentos nas cidades; sem contar que a galinha, o porco e o gado criados por pequenos produtores, estão interligados pela necessidade da produção de soja, milho, algodão… daqueles latifundiários. A propaganda de prosperidade no passado recente vira a logomarca de destruidores da natureza. Aliás, qual a posição do IBAMA quanto à necessidade da pesca e caça pelo modo “tradicional” do índio em viver no campo, já que, segundo o próprio IBGE 2012, os índios urbanizados estão se ruralizando como seus antepassados. Como conseguirão caçar? Se para ser índio hoje em dia não se precisa viver no campo, por que precisam de tanta terra? Já que como brasileiros legítimos, ninguém impediria manter sua cultura em qualquer região que fosse; além de usufruir das tecnologias e conforto do modo capitalista de ser. Obrigado.
É verdade, contra fatos, não há argumentos. E contra argumentos, melhor são os fatos. A soja, milho e algodão podem ser produzidos também pela própria agricultura familiar, e orgânica. As denúncias “claras e comprovadas” que aparecem na mídia, muitas vezes apenas repetem depoimentos de um ou dois entrevistados, ou de policiais que nem apuraram o acontecimento ainda. Em nenhum momento falei que os mais prejudicados são os índios, pois não possuo estatísticas para afirmar isso. Mas afirmei, e reitero, que os índios, assim como os pequenos agricultores, e, agora acrescento, a fauna e flora brasileira (e a Amazônia) são afetados, prejudicados, empobrecidos, destruídos pela a agroindústria, que enriquece poucos e empobrece muitos, que produz produtos envenenados, e mata a população com doenças em longo prazo. Além de pesar nos cofres públicos, é claro. Sabe-se que as plantações de soja, e as pastagens de gado crescem indiscriminadamente nos recantos deste país, onde havia antes mata, floresta, fauna selvagem. Dá uma olhada em algumas reportagens que tratam disso na internet (ou pega um carro e vai passear por Mato Grosso do Sul e as fronteiras da Amazônia), e também investiga a polêmica em torno do novo código florestal brasileiro. A história contada por algumas pessoas não muda isso: estes são os fatos - o Brasil nunca fez uma reforma agrária, e trata os povos indígenas como um problema, em vez de respeitar a tradição que esses povos representam. Eles tem os direito de ser livre. Aqueles que quiserem viver em cidades, tem esse direito. E aqueles que quiserem viver no campo, também deve tê-lo. Quem sou eu para julgar a opção de permanecer ou migrar de qualquer pessoa? Ou os conflitos internos entre os índios? Os direito dos cidadãos ‘brancos’ r ‘urbanos’ não são postos em questão pelos conflitos internos entre eles. Seja índio, seja sertanejo, seja um agricultor do interior do Paraná que decidi viver em São Paulo, ou Califórnia? E o governo deve garantir os direitos, tantos dos índios, como o do não-índios, a igualdade, o respeito à diversidade das culturas. E fazer isso fundamentado em fatos, e não em preconceitos, discriminação, e em interesses econômicos.
É verdade, contra fatos, não há argumentos. E contra argumentos, melhor são os fatos. A soja, milho e algodão podem ser produzidos também pela própria agricultura familiar, e orgânica. As denúncias “claras e comprovadas” que aparecem na mídia, muitas vezes apenas repetem depoimentos de um ou dois entrevistados, ou de policiais que nem apuraram o acontecimento ainda. Em nenhum momento falei que os mais prejudicados são os índios, pois não possuo estatísticas para afirmar isso. Mas afirmei, e reitero, que os índios, assim como os pequenos agricultores, e, agora acrescento, a fauna e flora brasileira (e a Amazônia) são afetados, prejudicados, empobrecidos, destruídos pela a agroindústria, que enriquece poucos e empobrece muitos, que produz produtos envenenados, e mata a população com doenças em longo prazo. Além de pesar nos cofres públicos, é claro. Sabe-se que as plantações de soja, e as pastagens de gado crescem indiscriminadamente nos recantos deste país, onde havia antes mata, floresta, fauna selvagem. Dá uma olhada em algumas reportagens que tratam disso na internet (ou pega um carro e vai passear por Mato Grosso do Sul e as fronteiras da Amazônia), e também investiga a polêmica em torno do novo código florestal brasileiro. A história contada por algumas pessoas não muda isso: estes são os fatos - o Brasil nunca fez uma reforma agrária, e trata os povos indígenas como um problema, em vez de respeitar a tradição que esses povos representam. Eles tem os direito de ser livre. Aqueles que quiserem viver em cidades, tem esse direito. E aqueles que quiserem viver no campo, também deve tê-lo. Quem sou eu para julgar a opção de permanecer ou migrar de qualquer pessoa? Ou os conflitos internos entre os índios? Seja índio, seja sertanejo, seja um agricultor do interior do Paraná que decidi viver em São Paulo, ou Califórnia? Os direito dos cidadãos ‘brancos’ e ‘urbanos’ não são postos em questão pelos conflitos internos entre eles. E o governo deve garantir os direitos, tantos dos índios, como dos não-índios, a igualdade, o respeito à diversidade das culturas. E fazer isso fundamentado em fatos, e não em preconceitos, discriminação, e em interesses econômicos.
Entendo ser importante a demarcação de terras indígenas e, se for para eleger um culpado, são os próprios governos Federal e Estadual, sendo o primeiro, porque demora em realizar a demarcação e, o segundo por emitir títulos de terra na área tida como indígena. Tenho uma pequena propriedade de 20 ha, titulada e registrada no Cartório de Imóveis, onde cultivo mangostão, graviola, piaçava, abacate, pupunha, cupuaçu, limão e criações de frango, pato e peixes. Quando houver a demarcação, buscarei minha indenização junto ao Governo Federal, através da Justiça Federal. Fico também a me perguntar, porque os caboclos (pois índios mesmo, não temos mais), só invadem terras produtivas, com lavouras implantadas, que tenham casas de alvenaria, energia elétrica, próxima a vias asfaltadas, etc, porque não invadem propriedades que não tem lavouras implantadas, de difícil acesso, sem casas de alvenaria e sem energia elétrica? Temos de ter o cuidado de não marginalizarmos agricultores e caboclos, pois todos somos cidadãos brasileiros e temos direitos a serem preservados. Que tudo tenha um desfecho pacífico e justo.
Potyra:
Eu mesmo estive no sabado 11 de agosto de 2012, no aeroporto de Ilheus e nao consegui descarregar as malas do amigo TAO que viajaria, porque a entrada do aeroporto estava obstruída.
Deixei o carro a 200 metros do aeroporto e carregamos as malas juntos ate o CHECK IN…. Passei por uma viatura e vários policiais que faziam a segurança a 30 pessoas, entre elas vários conhecidos meus de camiseta amarela que NÃO SÃO PEQUENOS AGRICULTORES! Eles tem sua morada fixa na cidade de Ilhéus e tem algumas fazendas onde nao moram, onde “seus empregados” lutam por sobreviver.
Passei pelo caro de SOM da manifestação, que fazia uma apologia violenta contra os indigenas adesivado “…0127 SIVALDO” e uma Super Carrao 4 x 4 Turno cabine dupla junto.
Bom não tenho nada contra os pequenos agricultores, nem contra os negros e nem contra ninguém! Só não gosto das mentiras!!! Pequeno agricultor será reassentado, grande latifundiário terá suas benfeitorias indenizadas, essa é a obrigação do ESTADO.
Os indígenas não lutam contra ninguém… Os indígenas lutam pelos seus direitos e CABE AO ESTADO FAZER COM URGENCIA OS PROCEDIMENTOS (chame-se esses de DEMARCAÇÃO, INDENIZAÇÃO, DESINTRUÇÃO, REASSENTAR…).
Nesta manifestação ficou claro que os supostos PEQUENOS não eram só os pequenos, os pequenos por si só nunca gastariam seus poucos reais em mandar fazer camisetas e comprar apitos, obvio que os pequenos não andam de 4 x 4 zero Km… Pelo que senti os pequenos não odeiam ninguém… São os PATROES ( e todo mundo sabe que há quantos milhões de anos há indígenas nestas terras e como foi que explodiu uma casta chamada de CORONÉIS ; ate o mesmo livros de Jorge AMADO mostra a truculência desses coronéis de Ilhéus)… Entao CABE AO ESTADO vir conversar com verdadeiros pequenos agricultores e com os verdadeiros índios… Demarcar que terra será de usufruto dos indigenas e reassentar os pequenos que por ventura precisarem sair.
Não cabe aos grandes latifundiarios fazer apologia a violencia e nem JUSTIÇA pelas proprias maos! Não cabe as grandes latifundiarios enganar os pequenos agricultores e nem agredir os indigenas.
Se os grandes latifundiarios quiserem mesmo cooperar com a paz da região FAZIAM apresar a comunicacao das conclusoes do Ministerio da Justiça e as ações decorentes das mesmas. Fazia que o ESTADO cumprisse seu dever e nao inventava de fazer nada pela conta propria.
muito bom o