Está acontecendo na USP em São Paulo (hoje é o último dia) o I Simpósio Indígena sobre Usos da Internet em Comunidades Indígenas. Este evento é uma realização do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo (NHII) e do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA).

Estão presentes no Simpósio indígenas das mais variadas partes do Brasil que utilizam as Tecnologias de Informação. Está sendo muito proveitosa esta troca de experiências, são muitos os povos que hoje utilizaram as Tecnologias como a Internet para buscar o melhor para o seu Povo. Cada um apresentou a sua experiência com a Internet na Aldeia, como para divulgação de eventos na aldeia, para a vigilância do Território, para estudo à distância, intercâmbio cultural, fazer registros de nascimentos, entrada em benefícios do INSS, comunicação com parentes, denúncias, etc.

Existem no entanto vários problemas que foram levantados, como a dificuldade de conexão, problemas com a antena Gesac, falta de computadores, computadores quebrados, falta de manutenção desses computadores, falta de qualificação para que nós mesmo façamos a manutenção das maquinas nas aldeias.

Esperamos que unidos possamos estar minimizando estes problemas, que nós da Rede Índios on Line conhecemos tão bem. A Internet nas aldeias não mata a cultura indígena se o seu uso for consciente e com um propósito definido. Hoje nós indígenas utilizamos esta Tecnologia que não pertence à nossa cultura como uma ferramenta de buscar melhorias para nossas comunidades e lutar por nossos direitos.

Para saber mais sobre o evento acesse: http://www.usp.br/nhii/simposio/

Neste link é possível inclusive assistir ao evento e fazer perguntas.

Confira a lista dos Indígenas participantes:

  • AMAPÁJosinei Aniká dos Santos: jovem liderança. Foi presidente da extinta Associação dos Povos Indígenas do Oiapoque, aldeia Manga, TI Uaça Juminã e Galiby. Na aldeia, funciona um ponto de presença GESAC com conexão à internet. Josinei é usuário do ponto GESAC.Ariné Waiana Apalai: ex-professor indígena, Ariné mora há alguns anos em Macapá onde atuaa como um dos principais representantes dos povos Wayana e Aparai junto à sociedade brasileira, transmitindo as demandas dessas comunidades. Nesta tarefa, a internet constitui uma importante ferramenta de comunicação, tanto com as populações indígenas, quanto com diversas instâncias da sociedade nacional.RORAIMAMaurício Yekuana: liderança Yekuana povoado de Auaris, TI Yanomami, e diretor da Hutukara Associação Yanomami. Entre outras coisas, Maurício é responsável pela área de comunicação da Hutukara, da qual construiu a página eletrônca: http://www.hutukara.org/AMAZONASElizeu Nascimento Pedrosa: Vice-coordenador da COIDI (Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauarete) e co-administrador do CID – Centro de Inclusão Digital da Fundação Bradesco na comunidade do povoado da Iauaretê, TI[1] Alto Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira. Povo Piratapuia.

    Raimundo Benjamim Baniwa: Blogueiro. Administrador do ponto de presença GESAC na escola Pamáali, comunidade Pamáali, médio rio Içana, TI Alto Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira. Povo Baniwa. Blog: http://rbaniwa.wordpress.com/ e http://pamaali.wordpress.com/

    Daniel Baniwa: professor de educação indígena nas comunidades Baniwa da médio rio Içana, TI Alto Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira. Povo Baniwa. Blog: http://baniwaonline.wordpress.com/

    ACRE

    Jean Hundu Arara Jaminawa: liderança comunitária da aldeia Buritizal, TI Jaminawa – Arara do Rio Bajé, Marechal Thaumaturgo. Nesta aldeia, em 2003, foi implantada uma das primeiras conexão internet em comunidades indígenas na Brasil pelo programa Rede Povos da Floresta, em parceria com o CDI – Comitê para a Democratização da Informática e a CPI-Acre (Comissão Pró-Índio do Acre), entre outros. Jean possui graduação em pedagogia pela Universidade Estadual do Amazonas, e atuou como professor em ensino fundamental, médio e na formação de professores pelo Projeto PEN. É vice coordenador do OPIRJ – Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá, que foi uma das iniciadoras dos projetos de inclusão digital na região. Povo Arara Shãwãdawa / Arara do Rio Bajé.

    RONDÔNIA

    Almir Narayamoga Suruí: liderança suruí. Personalidade de destaque internacional, Almir foi o articulador de uma parceria firmada entre os Suruí e a Google para monitoração do território, via denúncias publicadas em tempo real no GoogleEarth. Muito ativos no uso político e estratégico das TICs, os Suruí contam hoje com um Ponto de Cultura Indígena financiado pelo Ministério da Cultura na comunidade da aldeia Lapetanha, TI Sete de Setembro, Cacoal. Povo Suruí.

    Chicoepab Suruí: membro e diretor de comunicação da Associação Metareilá, onde funciona o ponto de cultura, aldeia Lapetanha, TI Sete de Setembro, Cacoal. Povo Suruí.

    MATO GROSSO

    Takumã Kuikuro: cinegrafista e internauta, usa bastante as mídias sociais “para ficar conectado” com o mundo. As comunidades Kuikuro do Xingú contam com um ponto de acesso instalado pelo Ministério da Integração Nacional através do programa Quiosque do Cidadão, situado na aldeia Ipatse, PI[2] Xingú, Canarana. Povo Kuikuro.

    Kumaré Txicão: liderança Ikpeng, aldeia Ikpeng, PI Xingú, Feliz Natal, onde há um ponto de internet instalado por iniciativa da UNIFESP, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso. Povo Ikpeng.

    Karené Txicão: comunidade Ikpeng da aldeia Ikpeng, PI Xingú, Feliz Natal, onde há um ponto de internet instalado por iniciativa da UNIFESP, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso. Povo Ikpeng.

    MATO GROSSO DO SUL

    Devanildo Ramires: liderança da aldeia Te’yikue, TI Caarapó, Caarapó, onde funciona o Ponto de Cultura Teko Arandu, iniciativa do Neppi – Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas, da Universidade Católica Dom Bosco, financiado pelo Ministério da Cultura. As iniciativas de inclusão digital entre populações Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul adquiram um papel e uma importância aumentada no contexto da violência que caracteriza a situação dessas populações na região. Povo Guarani Kaiowá.

    Elivelton de Souza: liderança da aldeia Te’yikue, TI Caarapó, Caarapó, onde funciona o Ponto de Cultura Teko Arandu, financiado pelo Ministério da Cultura, projeto desenvolvido pelo Neppi (Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas), da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Povo Guarani Kaiowa. Twitter: @tekoaranduyoutube.com/tekoarandu – site: www.tekoarandu.org

    MARANHÃO

    Paulo Gomes Guajajara: professor indígena na aldeia Presídio Zutiwa, TI Araribóia, Arame, cuja escola conta com alguns computadores conectados à internet por meio de uma antena do GESAC. Povo Guajajara.

    Edivan dos Santos Guajajara: membro da comunidade da aldeia Presídio Zutiwa, TI Araribóia, Arame, e aluno da escola indígena onde funcionam alguns computadores conectados à internet por meio de uma antena do GESAC. Povo Guajajara.

    CEARÁ

    Járdilla Simões Jerônimo: professora de educação indígena e coordenadora das atividades do CID – Centro de Inclusão Digital da Fundação Bradesco na comunidade da aldeia Lagoa dos Tapeba, TI Tapeba, Caucaia. Povo Tapeba. E-mail do CID: cidtapeba@gmail.com

    PERNAMBUCO

    Alex Pankararu: faz parte da rede Índios On Line, a rede de comunicação virtual mais extensa entre povos indígenas no Brasil. Alex mora na aldeia Itapuã, TI Tupinambá de Olivença, Ilhéus – BA, onde funciona o Ponto Digital Tupinambá e a sede da produtora indígena Petei Xe Rajy, e atualmente fez a edição do filme Transformação Etnodigital e junto com Graciela Guarani desenvolveu o site Fotografia Tupinambá:  http://fotografiatupinamba.comhttp://www.indiosonline.org.br

    BAHIA

    Graciela Guarani: Cinegrafista, roteirista e fotografa, mora hoje na comunidade tupinambá de Olivença na Aldeia Itapuã-BA, onde se encontra a sede da rede de comunicação Indiosonline, financiado pelo Ministério da Cultura, como parte da rede Índios On Line, a rede de comunicação virtual mais abrangente entre povos indígenas no Brasil. Faz parte do comitê gestor da rede Índios On Line, porém ela própria vem do Mato Grosso do Sul,aldeia Jaguapiru, TI Dourados. Povo Guarani Kaiowá, onde atuou durante nove anos no núcleo audiovisual de uma organização intitulada AJI – Ação dos Jovens Indígenas (ajindo.blogspot.com) onde produziu juntamente com outros jovens indigenas vários documentários e a puplicação de dois livros fotograficos,” Nossos Olhares e Olhares sobre o Futuro” Atualmente além da Rede Indiosonline, atua na Produtora Indígena Petei Xe Ra. Povo Guarani Nhandeva. Portal: http://www.indiosonline.org.br

    Potyra Tê Tupinambá: advogada indígena e Tuxáua pelo MinC e membro do comitê gestor da rede Índios On Line. Mora na comunidades da aldeia Itapoã, TI Tupinambá de Olivença, Ilhéus, onde funciona um ponto de conexão instalado por iniciativa da ONG Thydewas, com antena do GESAC. Povo Tupinambá. Portal:http://indiosonlinecomcidadania.blogspot.com/ – email: potyratupinamba@indiosonline.org.br

    RIO DE JANEIRO

    Anapuáká Muniz Tupinambá Hã-hã-hãe: blogueiro, comunicador e criador de várias mídias e redes digitais que ele caracteriza como “etnomídias indígenas colaborativas”. Anapuáká mora no Rio de Janeiro. Povo Tupinambá. Blogs: http://www.webbrasilindigena.org/ e http://webradiobrasilindigena.wordpress.com/ Rede social: http://webbrasilindigena.ning.com/ – email: contato@webbrasilindigena.org

    Virgínia Gandres: coordenadora de campo na implantação dos Pontos de Cultura Indígena, pela Rede Povos da Floresta, organismo responsável pela coordenação e execução de projetos de inclusão digital em comunidades indígenas desde 2003. Contato: virginia.gandres@yahoo.com.br

    Lucas Benite Xunu-Miri: jovem liderança aldeia Sapukai, TI Guarani do Bracuí, RJ. Na aldeia, Sapukai, funciona desde 2003 um ponto de conexão à internet, que constitui uma das experiências pioneiras na implantação da rede em aldeias indígenas. Coordenador do projeto Audiovisual da Aldeia Sapukai em Angra dos Reis e organiza um grupo de pesquisa indígena por internet que também presta serviços online à comunidade local. Site da aldeia: http://www.aldeiaguaranisapukai.org.br/

    Nélida Rete Venega – jovem representante da aldeia Itati, em Parati Mirim, onde será instalado um Ponto de Cultura em 2011. É usuária da Internet e das redes sociais orkut, facebook e MSN. Ainda não há Internet na aldeia, mas existe curso de informática e estão se organizando para a produção de vídeos no próximo ano.

    SÃO PAULO

    Jerá Guarani: representante da comunidade Guarani da aldeia Tenonde Porã, TI Barragem, São Paulo, que conta com vários pontos de acesso à internet desde 2008: na escola indígena pela Secretaria de Estado de Educação, no CECI – Centro de Educação e Cultura Indígena pela prefeitura municipal de São Paulo, e no posto e Saúde. Jerá colaborou ao projeto de portal de comunicação Guarani, Tekoa Guarani. Povo Guarani Mbya. Portal: http://www.antharesmultimeios.com.br/yvyrupa/

    Olívio Jekupé: blogueiro e liderança indígena, da aldeia Krukutu, TI Guarani do Krukutu, onde funciona um ponto de conexão à internet desde 2004. Além do blog, Olívio é autor de vários livros e é muito ativo nas mídias eletrônicas. Blog: http://oliviojekupe.blogspot.com/ Página da aldeia: http://www.culturaguarani.org.br/homebr.html

    Ataíde Vilharve: jovem cacique da aldeia Tenondé Porã, TI Barragem, em São Paulo, é blogueiro e utilizador das redes sociais facebook e orkut. Atualmente usa a internet para disseminar sua luta pela preservação do meio ambiente e também para divulgar o coral de crianças guarani que coordena chamado “Tenonde’i”. Blog que ajudou a criar e administrar: http://encontro-tenondera.blogspot.com/

    MINAS GERAIS

    Jonesvan Xakriabá: Indígena  Xakriabá envolvido na realização do programa de inclusão digital na TI Xakriabá. A aldeia Brejo Mata Fome na  TI Xakriabá, foi uma das cinco primeiras conexões instaladas pelo programa Rede Povos da Floresta, em 2003.  Foi vereador no período de 2005 a 2008, atuou como professor indígena até fevereiro de 2010. Ajudou na criação da AIXARBA e foi presidente da mesma no período de 2005 a 2008. Povo Xakriabá. Nota: sairá de Santana do Livramento, RS, onde está estudandojonesvanxakriaba@hotmail.com

    Ailton Krenak: liderança indígena e um dos pilares do movimento indígena brasileiro nos anos 1980, coordenador e co-fundador da associação Rede Povos da Floresta, organismo responsável pela coordenação e execução de  projetos de inclusão digital em comunidades indígenas desde 2003. Povo Krenak. www.redepovosdafloresta.org