O povo Pankararu, que vivem em São Paulo, clama por liberdade ao visitar seus parentes, internados na Casa do Índio “CASAI”, que é uma casa de repouso, para índios enfermos, que fica localizada na Rua Guimarães Passos 216, no bairro do Paraíso em São Paulo – SP. A índia Pankararu, Maria do Rosário diz “que no dia 08 de abril, do corrente ano, as 7:00h foi até o CASAI, para visitar a sua irmã, Terezinha Barbosa da Luz, também índia Pankararu, e foi impedida de visitar a irmã, pelo vigia do CASAI, Edilson do Nascimento”. O vigia Edílson alegou que a partir, desse dia as visitas a pacientes, terão datas e horas marcadas, e por isso Maria do Rosário, foi impedida de visitar a sua própria irmã, e nem com o argumento, que nas datas e horas marcadas não tinha condição de visitar sua irmã, pois o seu trabalho a impossibilitava, mas não teve jeito, o vigia não deixou Maria do Rosário entrar. Atreves desse depoimento de Maria do Rosário, fica uma pergunta no ar, a onde fica os direitos dos povos indígenas do Brasil, o CASAI não e uma casa de repouso especifica e diferenciada, para atender os povos indígenas enfermos, em São Paulo. E se o CASAI é diferenciado e especifico, tem que atender as necessidades dos indígenas, que não é porque vivem em uma cidade como São Paulo, a maior cidade brasileira e a 3ª maior do mundo, que os indígenas deixam de ser quem eles são. Com uma cultura própria, de um jeito de ser diferenciado, que em seu regime tradicional, não utilizam regras e nem regulamentos, impostos pela sociedade não índia. E nós Pankararu, através dessa matéria solicitamos, as autoridades competentes, alguma providencia, pois o índio não é acostumado a viver em cárceres, e isso de impor datas e horários, para as visitas dos indígenas, são critérios impostos pela sociedade não indígena, mas isso com nós não funciona, foge de nossos padrões tradicionais dos povos indígenas, especificamente falando do povo Pankararu.
Que o povo Pankararu, mostra ao longo dos 67 anos de migração, a cidade de São Paulo, que tem condições de conviver, com os não índios sem deixarem de ser Pankararu.

Solange Monteiro