A Terra livre foi tomada por estranhos,
Pessoas cobertas de pele, que pra os índios eram esquisitos.
Falando uma língua enrrolada, que parecia mais um zumbido.

Seus costumes eram diferentes, de toda nossa compreensão,
Pensava-mos até que fossem deuses ou tipo de reencarnação.
Deram-nos muitos presentes, como forma de gratidão,
Mais seus pensamentos eram outros pra nossa decepção.

Já não havia mais nada, para eles nos oferecer,
Tinham nossa confiança, não havia porque temer,
Começaram a nos maltratar, às vezes até apanhar,
Para lhes obedecer.

Nós índios! Era inocentes sem maldade no coração
Olhava para esses estranhos, como se fosse nossos irmãos.
O tempo passou o índio sempre lutou!
Contra a vida de escravidão.

A África por ser pobre, com pessoas lutadoras,
vieram homens, mulheres e crianças, Para cuidarem das lavouras.
Muitos deles deixaram seu país, cheios de esperanças,
Agora! Privados da liberdade, de sua Terra! Só a lembrança.

Tanto o índio, quanto o negro, sofre ate hoje descriminação.
Um, por sua cor, o outro, por sua tradição.
Um, lutando contra o preconceito e racismo,
O outro pelo reconhecimento como cidadão.

Hoje em dia, índios e negros se misturaram tornando-se quase uma só raça.
Tanto culturalmente quanto na luta pelos seus direitos junto às leis que regem o meio social do nosso país. Apesar de sermos minoria que assume sua verdadeira identidade num país livre.
Mas que ainda existe perpetua o preconceito, o racismo e a negligencia aos direitos de indígenas e negros.

Noberto (Cõanpank)
coan@indiosonline.org.br