Entre os dias 24 e 27 desse mês de Maio de 2010, a Escola Estadual da Aldeia Indígena Caramuru Paraguaçu recebeu os pedagogos da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana) na Bahia, que fazem parte do PIBID- Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O projeto financiado pela CAPES, faz parte de uma proposta de formação de professores que tem como principal protagonista a professora Lílian Miranda Bastos Pacheco.
O trabalho, tem como foco a formação de professores indígenas e não- indígenas, é uma proposta inovadora na Bahia, onde o treino da consciência fonológica é executada de forma planejada, com procedimentos testados e utilizados com sucesso em estudos de intervenção adotados em outras regiões do país. O método, faz com que os alunos da educação infantil, do fundamental 1 e 2, do EJA e das salas multiseriadas, aprendam a ler e escrever de forma lúdica e prazerosa.
A consciência fonológica, lexical e sintática, sobre a aquisição da linguagem escrita, e a base desse trabalho de pesquisa que guia os pedagogos da UEFS, fazendo com que utilizem instrumentos adequados para a realização e execução do método. O grande diferencial desse projeto, é que durante a atuação dos professores não indígenas e indígenas experiências e saberes são trocados, e assim há uma sintonia mútua que faz com que professores indígenas e não indígenas, diretores, coordenadores, funcionários e alunos começam a manter vínculos que faz a escola e a comunidade acreditar na educação que está sendo executada.
Durante o processo, os pedagogos da UEFS fazem o seu trabalho de forma coletiva, coletam dados, repassam experiência, dão dicas, e aprendem muito com os professores indígenas. A Consciência Fonológica refere-se à habilidade em analisar as palavras da linguagem oral de acordo com as diferentes unidades sonoras que as compõem, os educadores da UEFS executaram em sala de aula indígena esse método usando instrumentos preparados pela equipe. Os resultados foram surpreendentes e a aceitação foi unanime, todos os indígenas da Aldeia Caramuru segundo relatos avaliaram a primeira etapa como uma ajuda que veio de Tupã, já que a leitura e a escrita é a problemática que mais se busca solucionar na educação brasileira.
A Professora Lílian Pacheco ficou muito feliz com os primeiros passos do projeto, depois de ver e ouvir os relatos finais dos professores, alunos e gestores da escola, a mesma caiu em lágrimas. Segundo, ela esse é o primeiro passo para que professores indígenas e não indígenas passem a trabalhar de forma planejada, lúdica, com métodos eficazes e seguros.
Jandair- Tuxá.
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