Casa do Índio universitário, no campus da UEFS, uma conquista inédita.

Os 34 indígenas que estão estudando na Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS, irão a partir do mês de Setembro, morar em uma Casa planejada e pensada por todos os envolvidos na construção das políticas de permanência da UEFS.

Os indígenas que estudam na UEFS, se deslocam das suas comunidades para morar na cidade de Feira de Santana-BA, o interesse maior de estudar na UEFS, surge com as condições favoráveis que a instituição oferece, desde a realização da prova até a conclusão do curso. A UEFS se mostra parceira dos indígenas, por vários fatores dentre eles estão o não pagamento da taxa de inscrição do vestibular, alimentação de segunda a sexta (sistema bandejão onde se oferece café, almoço e janta), casa de apoio e alimentação durante os três dias de prova (Ação do Grupo Quilombo), Bolsa Auxílio e Estágio Acadêmico específico para os residentes e a ação e fiscalização das políticas de permanência coordenada pela Comissão de Políticas Afirmativas da UEFS, onde há a participação de indígenas.

Moradia, alimentação, Bolsa FUNAI, Bolsa Auxílio Especial, Bolsa de Estágio Acadêmico. Na Bahia a UEFS é a universidade mais democrática com a cidadania do indígena.



Os indígenas passaram mais de três anos morando em duas casas alugadas pela UEFS, em bairro próximo da universidade, e agora tem a oportunidade de morar em uma casa ampla, com espaços planejados para atender a demanda, pois a cada vestibular (dois a cada ano) são aprovados mais de seis indígenas. Essa primeira residência com capacidade para 20 estudantes, faz parte de um projeto maior que garantirá vaga para mais de 60 indígenas que entrarão na UEFS através do sistema de cotas (reserva de duas vagas em cada curso).

Jandair(Pedagogia), Josevan (Eng.Computação),Gustavo Menezes( Funai de Brasília) e Aléssia (Direito) estudantes indígenas universitários da UEFS em diálogo com os órgãos responsáveis pela garantia e efetivação dos seus direitos.

Mesmo com o empenho da UEFS em colaborar com as políticas de educação indígena da Bahia, ainda é visível uma certa resistência por parte do MEC (questão dos territórios etnoeducacionais)e da  Secretária de Educação da Bahia, em reconhecer e dar apoio as suas ações, visto que a sua exclusão de comissões e projetos educacionais pensados para os povos indígenas não condiz com seus méritos e com sua força de vontade em contribuir com a formação dos futuros profissionais indígenas e com a educação indígena da Bahia e do Brasil.

Gustavo Meneze(Funai de Brasília) e Rosário (Funai de Paulo Afonso), em reunião na UEFS.Número de indígenas beneficiados por bolsa pode chegar a 90 e o valor a R$ 350,00 em 2011.

Próximo vestibular 2011.1  terá as provas aplicadas em janeiro, fiquem todos atentos, outras informações e data de inscrição do próximo processo seletivo serão aqui divulgadas.Ver também no site: http://www.uefs.br/portal.

Jandair-Tuxá.

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