Pessoal, a pedido do nosso parente Gilberto Ferreira S. da etnia Pataxó, público aqui a notícia que ele enviou sobre a destruição da vida na terra Pataxó no município de Prado na Bahia.

Na manhã do dia 21 de setembro cerca de 300 indígenas ocuparam a fazenda Nedila, no município do Prado Bahia, local onde estão sendo realizado a monocultura do eucalipto. A principal reinvidicação dos indígenas é que parem de imediato o plantio,pois está causando grande destruição ao meio ambiente. Ainda não está em fase adulta mas já se vê os efeitos nosivos aos seres humanos a fauna e a flora.

Os rios estão sendo fechado para construção de barragens, as nascentes estão sendo aterradas e a mata atlântica está sendo derrubada incessantemente por enormes máquinas que trabalham dioturnamente.

Os indígenas acusam os orgãos responsáveis pela liberação e fiscalização, como a secretaria do meio ambiente do Prado e o instituito Chico Mendes (ICMBIO), por conivência no mínimo negligência nessa situação. Faz uma dura acusação contra a prefeita Mayra Brito, de ser ante indígena por isso autorizou o plantio do eucalípto, pois dessa forma destuirá os povos indígenas, sem água e sem alimento não há vida.

As comuinidades garantem que empreendimentos implantados dessa maneira também são causadores de graves conflitos sociais, violações de direitos humanos e prejuízos ambientais irreparáveis. Nessas circunstâncias quem autorizou desmatar o entorno da terra indígena também está desrespeitando e golpeando a Constituição Federal de 88 e conflitando com a convenção 169 da OIT. É importante lembrar que todas as leis, sejam dos municípios e/ou dos estados NÃO podem entrar em contradição e ferir Constituição Federal do Brasil.

Dessa forma repudiam qualquer tentativa de desqualificar e criminalizar o movimento coletivo. Nesse momento, tudo que querem é ser informados sobre esse projeto que está  afetando diretamente as comunidades. Querem que tudo seja resolvido em concordância com as Leis. Exigem que os Art. 231 e 232 da Constituição Federal do Brasil sejam respeitosamente observados, corretamente interpretados e integralmente aplicados em favor do direito, da justiça e da paz nos territórios indígenas.

Exigem a presença dos orgãos como FUNAI, Secretaria do meio ambiente do município do Prado, ICMBIO, Responsáveis da empresa Suzano e setores responsáveis, solicitam também a presença da imprensa para denunciar as violações cometidas contra os povos indígenas.

No momento encontra-se cerca de 10 máquinas agrícolas de propriedade da empresa Suzano sob reponsabilidades dos indígenas, objetivo para dar visibilidade ao movimento e garantir uma ação efetiva dos orgãos.

 

Comunidade Indígena Pataxó.