INFORME  DA  FEPOIMT

Parentes,  recebemos informações de fontes seguras de Brasília que está  tendo um movimento  para acabar com o setor de educação da Funai.Olha, fora de qualquer brincadeira, picuinhas, ciúmes ou vaidade pessoal que caracterizam as nossas lideranças, hoje,  se tirar de vez  o setor de educação do órgão federal indigenista , tenho certeza que será o mais duro golpe que nós, os chamados  povos indígenas de Mato Grosso  vamos sofrer, porque isto representaria acabar com algumas conquistas que tivemos no Estado, como o terceiro grau indígena com a Unemat   e de outros  programas de formação superior como o da Ufmt, uma vez que a Funai é quem de fato acompanha e de certa forma coordena estas ações. E está se consolidando   como política pública para todas as etnias  no estado, graças à nossa mobilização coletiva. O MEC, apesar de toda estrutura e recursos de que dispõem até agora não demonstrou competência para avançar, dar um novo direcionamento e  resolver  essa questão. O que nós vemos é que tem muito interesse em jogo e quem acaba sendo prejudicado  somos nós, os índios. Se deixarmos a Funai sair do jogo será que os  Estados, com as  Seducs, ou o Município vai resolver esse assunto ? E a quem interessa retirar da Funai o setor que apóia, empresta sua experiência e acompanha de fato o programa tão importante como a educação escolar dentro e fora das  Terras Indígenas? Aos índios? Aos brancos que trabalham com os índios? Às Ongs? Proponho às lideranças, os caciques, pajés, agentes de saúde, professores  e delegados indígenas escolhidos que vão participar da conferência nacional, em Brasília, este mês, preparem um documento com abaixo-assinados pedindo que  os índios de Mato Grosso  não querem e não concordam com a saída da Funai da coordenação do programa de educação indígena, porque o órgão detém o conhecimento e experiência  acumulada ao longo de mais de 30 anos de trabalho junto aos povos indígenas. Pensem nisso meus irmãos!

Da  coord.

 Comissão/Fepoimt, Estevão Taukane.