Poemas quem fala de amor

MESTIÇA

Para a mestiça rara desta vida cara
Juvenal Payayá

Mestiça S’tela pluma, modelo

Feito, redacta inconfundível,

Passos ébrios mezos de alazã.

Mestiça morna!

Vestida em túnicas tártaras

Deixando a costura de fora,

E rebola as curvas e olha.

Mestiça turva!

Vaso úmido instigador da sede,

Nutres a embriagez da flora.

Cúmplice, sóbrio ramalhete!

Mestiça flora!

Pêssegos, volúpias, projeção

Movel gravitação das sombras,

Compota posta, sobre do olhar.

Mestiça rara!

E me olhas negra. Projétil fatal!

Aguda graça da suprema divindade.

Eu, mortal! Porque me aturas?

Mestiça doida!