A nossa comunidade Pataxó Hãhãhãe reunida com cacique, anciões, professores da Licenciatura Intercultural Indígena, e professores do Colégio Estadual da Aldeia Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu fizeram uma visita a Aldeia Água Boa MAXAKALI-MG. O motivo do encontro foi conhecer as famílias indígenas, e sua pratica cultural, sua organização social, também nós preocupava em saber se eles estavam passando por alguma dificuldade, para nós esta solucionando alguma situação.

ancioes com Crianças Maxakali

Quando agente chegamos à aldeia, formamos uma roda de conversa para esta conhecendo a historia dos dois povos, a finalidade do encontro é a troca da experiência entre os dois grupos indígenas, cada um contava para o outro o que tinha conquistado com o trabalho, nós se emocionamos em falar da nossa língua materna que perdemos. Durante a nossa permanência no local os parentes maxakali nos dava muito atenção.
Cacique converando com a Representante Maria Diva Maxakali

Alguns índios maxakali conhecem a família Pataxó Hãhãhãe, e mandava lembrança para aqueles que não foram à viagem.

A direita o caicique e Pajé Manuel
Sabemos que nós fazemos parte do tronco lingüístico do povo maxakali, nosso iniciativa foi conhecer mais de perto essa cultura e aprender com eles, assim como eles gostava de presenciar e participar nossas danças e cantos. No momento da roda ouvimos os representantes do Maxakali a D. Maria Diva uma índia guerreira que compartilhou sua historia e falou sobre a cultura, o modo de vida do povo maxakali e sua organização social na aldeia. Ela elogiou o povo Pataxó Hãhãhãe por saber de sua historia de luta como povo guerreiro,disse que nos ajudou no protesto contra a morte de Galdino em Brasilia. Aproveitando a reunião ela convidou o Cacique e Pajé (Manuel) para conversar com nós. Depois agente foi visitar aldeia MATUÉ representada por Margarida que nos acolheu muito bem, em seguida nos reunimos na casa do PAJÉ que falou sua historia, e os trabalhos que faz na aldeia, ele pediu para as crianças cantar na língua materna para agente ouvir, nós se emocionava porque lembrava dos nossos ancioes que fala da nossa língua, mais infelizmente ela foi extinta, mas entendemos que não somos culpados pela perda da nossa língua materna.
Vimos que muito maxakali falam sua língua materna, mais tem alguns que falam o português e a língua maxakali, nesta visita aprendemos muito coisa com eles na questão cultural e social, mais também eles aprenderam a dança do nosso tore.
Para deixar este evento registrado contamos com a participação dos Indios-Online de Água Vermelha que estava presente em nossa caminhada tirando fotos e produzindo vídeo no local.
Agradecemos os professores do IFBA (Francisco Vanderlei e Claudia Tores) que contribuiu para este encontro acontecer, as entidade de apoio CIMI e FUNAI-MG que forneceu o apoio, agradecemos os parentes indígenas que participaram do encontro, aos parentes indígenas que não foi à viagem mais ajudou em oração e força para este encontro acontecer.

Aldeia Maxkali

Aos parentes MAXAKALI agradecemos pelo o apoio e atenção que nos forneceu nos dias que estivemos na aldeia.
Juntos na aldeia Maxakali

Nós Pataxó Hãhãhãe estaremos sempre junto na luta de vocês.
Gratos a todos!

Bainan e Yonana