Paraguai:

Ocupação corporativa e Tecido de Resistência dos Povos

 (Traducão por Daniela Alarcón )

Os coletivos, tecidos, organizações e pessoas abaixo-assinados assumimos a posição manifestada neste texto, aderindo à iniciativa de coordenação e resistência dos povos. É prioritário, conforme aprendemos com a história recente, acompanhar e ajudar ao Frente Unido para a Defesa da Democracia (FDD) e as articulações dos povos do Paraguai, para que elaborem sua agenda autônoma de resistência à ocupação do capital por meio do golpe, e para que consolidemos a nossa, em sintonia. Fazemos um chamado àqueles que compartilham essa vocação e esse compromisso, para aderirem (enviar a pueblosencamino@yahoo.com ou a pblosencamino@gmail.com) e consolidarem a resistência solidária e popular que hoje se demanda desde o Paraguai.

 

Declaramos que:

 

  1. Fernando Lugo, o Presidente do Paraguai, eleito por um povo que esperava de seu governo espaços e caminhos para transformar a sociedade desde baixo, em direção à liberdade e à justiça, foi derrubado em um golpe de Estado minuciosamente planejado e em execução pelo e para o capital transnacional[i].
  2. O Paraguai e seus povos são vítimas de sua enorme riqueza e do fato de constituírem o coração de uma área estratégica para a acumulação do grande capital, alvo de megaprojetos continentais: o Chaco. A metade norte do país faz fronteiras com Argentina, Brasil e Bolívia. Trata-se de uma enorme região transnacional destinada à produção de agrocombustíveis e energia a partir da soja transgênica[ii], bem como à construção de hidrelétricas; à grande exploração minerária, alavancada pelo governo do Canadá[iii]; e à privatização da água.  A área é rodeada pelos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e Tietê, transformados pela IIRSA na Hidrovia Paraná-Paraguai[iv], o que, além de gerar enormes contratos para construção de infraestrutura e concessões para sua administração e exploração, permitirá a extração de recursos e o intercâmbio comercial de cinco países (incluído o Uruguai) com o mundo, 24 horas por dia, 365 dias por ano. A região, além disso, recobre e dá acesso direto ao Aquífero Guarani, o maior reservatório de água doce do planeta[v].
  3. No Paraguai, 85%  da terra está em poder de 2,5% dos proprietários[vi]. Os camponeses e indígenas sem terra constituem uma ameaça a esses megaprojetos, e sua expropriação permanente demanda o emprego do terror e da guerra. Com esse propósito, e o de submeter a região e seus recursos, o capital fabrica pretextos, como as guerras contra o narcotráfico e o terrorismo. O Comando Sul dos Estados Unidos estabeleceu, no coração geográfico dessa área estratégica, a enorme base militar Mariscal Estigarribia[vii] (FOL), com capacidade para 16.000 homens e garantia de impunidade para as violações aos direitos humanos e abusos cometidos por suas tropas. Muito perto dessa base militar e da fronteira com a Bolívia, encontram-se os mais de 40.000 hectares de terra adquiridos pelo ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, que se somam a outra enorme propriedade de seu pai, o também ex-presidente Bush[viii]. O maquinário de terror e guerra a serviço do capital transnacional que se vem impondo a sangue e fogo desde a Colômbia —  e que se exporta ao México, Honduras, Bolívia, Chile, Venezuela e ao resto do continente, sob o lema da “segurança democrática” e à sombra de Álvaro Uribe Vélez[ix] e suas máfias, articuladas a maquinários militares e paramilitares coordenadas pelo Comando Sul dos Estados Unidos e suas bases militares em nossos países — vem gerando ações de terror e morte no Paraguai, como mecanismo de instabilidade provocada. A mais recente dessas ações, o massacre de onze camponeses sem terra e de seis policiais, serve como pretexto preconcebido para destituir Fernando Lugo. Ações de terror anteriores serviram para embasar falsas acusações e fizeram com que o governo declarasse Estado de Sítio e autorizasse a instalação da base dos Estados Unidos em território paraguaio, a partir de onde são planejados esses massacres, seguindo os manuais das FOL e do Plano Colômbia. Esse mesmo maquinário já está instalado em todo o continente. Onde será o próximo golpe dessa agenda?
  4. Já se sabe quem derrubou Fernando Lugo e por quê[x]. O Chaco e o  Paraguai não podem pertencer a esse país, nem a seu povo, pois foram destinados à ocupação e extração por parte do grande capital transnacional, por meio de megaprojetos e terror, financiados com recursos públicos. O golpe de Estado no Paraguai, como todos os golpes que o capital tem planejado e perpetuado na América Latina, é realizado pelas e para as corporações transnacionais e as elites que as possuem. No caso do Paraguai, é encabeçado pela Monsanto, Cargill, Syngenta e Río Tinto. Fernando Lugo rompeu, em 2009, o convênio que permitia o estabelecimento da base militar dos Estados Unidos em Mariscal Estigarribia, no bojo da rejeição, pela Unasul, às sete bases militares na Colômbia[xi]. O golpe constitui uma etapa tática da imposição do “livre comércio”, como entrega de territórios estratégicos às transnacionais.
  5. O terror, a propaganda e as políticas corporativas articulam-se de maneira permanente para expropriar e esvaziar territórios e países, e para desmantelar e destruir os povos, nossa memória, nossa consciência e nossa resistência. Mas, também, para consolidar blocos corporativos que avançam em direção ao negócio estratégico de uma guerra total pelos territórios e mercados, na qual recrutam os povos a morrerem enganados.
  6. O golpe do capital transnacional no Paraguai é o mesmo golpe perpetrado contra Manuel Zelaya, em Honduras, com adaptações locais do manual golpista a contextos diversos. Ao massacre que eles mesmos executaram, seguido pela destituição ilegal e ilegítima do presidente Lugo, seguir-se-á uma farsa, que inclui: um processo para impor e reconhecer um governo e um governante ilegítimos; a imediata adoção de legislações e políticas que favoreçam os interesses golpistas do agronegócio; uma reação discursiva inicial, hipócrita e vazia, dos governos do capital transnacional, entre os quais os Estados Unidos, o Canadá e a Aliança do Pacífico (México, Colômbia, Peru e Chile), bem como Honduras, Guatemala, Costa Rica e Panamá. Logo, porém, uma verdade tornar-se-á evidente: todos apóiam o golpe, sabiam dele e ajudaram a prepará-lo, sob as ordens do Comando Sul, sob as ordens do governo dos Estados Unidos, sob as ordens das elites que dirigem as corporações transnacionais.
  7. O Paraguai passa às mãos do poder corporativo transnacional, em particular do agronegócio e da grande mineração, entre outros, que requerem trabalho escravo, territórios para exploração e expropriação, censura e submissão da população por meio da violência e da mão dura, e a eliminação sistemática de direitos e liberdades. O Paraguai é mais uma etapa de um processo de imposição totalitária. As forças de ocupação que já invadiram a Colômbia, o México, Honduras  e o Haiti agora ocupam o Paraguai. No Paraguai, move-se mais uma ficha em direção à ocupação global fascista para a acumulação.
  8. A eliminação de processos e movimentos indígenas e populares. Já se impuseram a censura e a propaganda. Agora, aprofundam-se o terror e a repressão. O maquinário já implementado sob o “Modelo Colômbia” aplica-se a objetivos específicos, para eliminar uma a uma todas as estruturas e formas de resistência. Desaparições forçadas, tortura, ameaças, massacres, acusações, judicializações e montagens, criminalização dos movimentos sociais, compra de lideranças, infiltrações e cooptação.
  9. A direita e o capital transformaram sua fraqueza em fortaleza[xii]. Perderam as eleições, mas adaptaram estrategicamente seu maquinário para pressionar o governo e obter concessões. Cada concessão lhes permite ganhar espaços e recuperar poder dentro das estruturas, fomentando e aproveitando a frustração dos povos traídos. Ganhar com o povo e governar para a direita gera debilidade dentro do Estado e decepção entre os cidadãos. A direita realiza o golpe no momento de maior fraqueza e desprestígio do governo, que não soube e não pôde governar com e para o povo. Um governo progressista que pretenda ser surdo, ao  mesmo tempo em que faz tudo com a direita, percorre o caminho do golpismo para o capital. Duras lições para os povos e os governantes: não se pode fazer discurso revolucionário e governo para o capital parasitário. Com a cara do capital, ganham eles, e com o selo dos governos condescendentes, perdemos nós, os povos.

10. Quando os partidos de esquerda, os sindicatos, as organizações sociais, as organizações não governamentais e populares acomodam-se no consumismo, na concorrência entre pares, na manobra para alcançar seus objetivos e na defesa de privilégios e cargos dos que obtêm benefícios particulares integram-se ao regime estabelecido pelo capital, fazem-no em nome da resistência e acabam favorecendo o golpismo. Os resultados são o desprestígio, o descrédito e a desconfiança, em paralelo com a compra daqueles que têm preço. Por uma via e pela outra, eles saem ganhando e as causas populares saem perdendo.

11. O golpe contra Honduras deixa-nos lições quanto ao processo da resistência dos povos no Paraguai: os golpistas calculam e incluem nossa reação em seus planos estratégicos para nos impor o âmbito e o sentido da nossa luta. Trata-se, para eles, de impedir a todo custo nossa resistência efetiva ao capital transnacional e a seus interesses. Dentro do país, o povo consegue articular uma frente única de resistência e coordenar mobilizações e ações. Fora do país, nos inundamos de comunicados, notícias, análises, denúncias e textos. Organizam-se acompanhamentos e apoios em campo. Os golpistas reprimem, fazem propaganda e esperam. Chega o cansaço. A maioria das mensagens se esgotam, cansam, não obtêm efeito e são apagadas. A resistência, sob a repressão e o cansaço, não alcança objetivos nem sentido estratégico, visão de conjunto e do agressor. O terror impõe sua parte e consegue seu objetivo estratégico: transformar uma luta de resistência popular ao capital em uma luta pela defesa dos direitos humanos. Sem capacidade estratégica, as frentes se desarticulam, a solidariedade se debilita, as atividades presenciais se esgotam.

 

Exigimos:

 

  1. Que Fernando Lugo e o governo legítimo sejam restabelecidos e retomem o caminho do mandato popular que assumiram.
  2. Que o grupo de golpistas encabeçado por Federico Franco e a serviço de aparatos militares e paramilitares de terror em função de interesses corporativos transnacionais seja isolado, destituído e submetido a um processo que faça justiça, abarcando os responsáveis desse ato criminoso contra o povo do Paraguai e a democracia nas Américas ao mais alto nível. Franco é apenas uma ficha em uma estrutura que não deve continuar encoberta e impune.
  3. Aos governos do continente, que rechacem em termos firmes e claros o golpe do capital transnacional e dos Estados e aparatos de terror a seu serviço, e que atuem imediatamente, de forma coerente, de maneira  individual e coletiva. A Unasul, por exemplo, não tem sua legitimidade diante dos povos garantida em princípio nem por princípio, mas de acordo com sua atuação concreta e prática. Não são discursos e declarações enérgicas o que exigimos, mas ações que desafiem os golpistas, que exponham a arquitetura do poder e os interesses corporativos que as dirigem, e que façam tudo o que lhes corresponde para tratá-los como os criminosos que são e para restituir ao Paraguai (e a toda a América Latina) seus territórios, sua soberania e o processo em direção à democracia, que seu povo havia conseguido conquistar. Não aceitamos nem aceitaremos que uma vez mais, por cálculos de equilíbrios conjunturais, encubram com mentiras e acomodem suas posturas a conveniências “práticas”, como aconteceu no caso do governo ilegítimo de Lobo em Honduras, que acabaram reconhecendo e legitimando[xiii].
  4. Que a solidariedade dos povos não seja subordinada às políticas dos Estados. Os governos dos povos devem mandar obedecendo os mandatos e a solidariedade entre os povos. Se o agronegócio, a indústria extrativa e o capital especulativo financeiro e corporativo ditam as políticas em todo o continente, não há motivos para confiarmos nos governos que defendem esses interesses. Rechaçar o golpe no Paraguai exige agendas tecidas de baixo para cima e exige coerência com os povos, em cada país e em todo o continente.

 

Reconhecemos:

 

  1. A Frente Única para a Defesa da Democracia (FDD) como a instância articuladora da resistência, que foi estabelecida dentro do Paraguai e que mobiliza todos os setores populares.
  2. A urgência de apoiar a FDD e as instâncias legítimas de coordenação de resistência coletiva e popular na elaboração urgente de uma Agenda ou um Plano Estratégico de Resistência Popular, com análises contextuais e objetivos claros. Esta Agenda é indispensável tanto para a resistência interna no Paraguai, como para a solidariedade e mobilização internacionais.
  3. A necessidade de estabelecer a FDD em todo o continente e de tecer mecanismos de planejamento estratégico e de articulação entre os povos, por meio da Frente.
  4. A necessidade imperiosa de atuar de maneira preventiva em todos os países, de baixo para cima, como povos conscientes e organizados, para impedir a submissão e a ocupação do capital totalitário. O golpismo é uma das múltiplas estratégias de ocupação que se vem impondo. Não se trata somente de defender a democracia no Paraguai. Trata-se de organizar a resistência à ocupação fascista do capital em cada território e em todo o continente. Resistir ao golpe no Paraguai é como resistir ao projeto Conga no Peru, levantar-se contra a grande mineração, defender a água, opor-se ao “livre comércio” e ao agronegócio, à militarização, à propaganda, à repressão e criminalização das lutas sociais e populares, e à guerra. Onde quer que entreguem a natureza e o trabalho para a acumulação do capital, levantamo-nos em resistência. Onde quer que imponham a guerra, levantamo-nos pela vida. Onde quer que neguem nossos direitos e liberdades para que eles aumentem seus privilégios,  somos atacados e ameaçados. O golpe no Paraguai é contra todos os povos.
  5. Que eles têm planos e os estão implementando em todos os lugares. Eles dispõem de uma estrutura hierárquica e concentram no alto, nos grupos das elites transnacionais, capacidade estratégica, clareza de objetivos e meios. O Paraguai também põe em evidência a presença e o poder dessa estrutura.
  6. Que nós, os povos, que nos opomos ao poder do  capital transnacional e  de seus cúmplices, auxiliares e representantes, ao nos diferenciarmos deles, ao reconhecê-los em seus interesses e em seus atos, necessitamos de agendas e de estratégias nossas, para fortalecer nossas capacidades, reconhecer e não perder de vista nossos objetivos, para aprender a resistir e a transformar a realidade para a vida, nesse caminho da resistência. Ou construímos uma América com os povos, ou seremos submetidos ao império do capital. Hoje, necessitamos com urgência apoiar o povo do Paraguai em suas ações de resistência estratégica e efetiva ao golpe e ao capital. Assim decidiu seu povo.
  7. Que uma agenda de luta e resistência desde o Paraguai orienta-nos em nossos esforços solidários e nos concentra, para que não nos esgotemos, para somarmos capacidades de maneira oportuna, para não nos cansarmos, para que nos encontremos e alcancemos resultados, para ir aprendendo e ensinando-nos a resistir, a defender o que é nosso e coletivo. Se não tivermos agenda própria, continuaremos nos submetendo à agenda deles. Temos que consolidá-la e convertê-la em nosso caminho.

 

Convocamo-nos:

 

Neste momento de dor e ira diante do golpe no Paraguai, a concentrar  todas as nossas capacidades, desde a diversidade, para, como prioridade, apoiar a elaboração de uma agenda estratégica de resistência e de solidariedade dos povos, e nos comprometemos a fazer o que esteja em nossas mãos para alcançar seus objetivos, com toda a criatividade e a ternura da solidariedade dos povos. Eles têm a memória de seus crimes para nos derrotar; os povos tecemos nossa memória para resistir e fazer um mundo nosso, não para a cobiça e a expropriação, mas para a justiça e a liberdade, em harmonia com a Mãe Terra.

 

Com o Povo do Paraguai, em resistência frente à ocupação.

Todas as causas dos povos e da vida são Nossas!

“Nunca mais uma América sem seus Povos.”

 

Nossa América, 27 de junho de 2012

 

 

Colectivos :
1. Polomosca
2. Pueblos en Camino
3. Tejido de Comunicación y de Relaciones Externas para la Verdad y la Vida-ACIN, Cxab Wala Kiwe, Cauca, Colombia
4. Rete Italiana de Solidarietá Colombia Vive!
5. Alianza Social Continental
6. Movimiento 14 de Junio de los Corteros de Caña del Valle del Cauca, Colombia
7. Comunidad Pueblos Originarios de Awyayala, Rafaela, Santa Fe, Argentina
8. Colectivo Utopía Puebla. México
9. Universidad de la Tierra en Puebla. México
10. Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra y Agua Morelos-Puebla-Tlaxcala. México
11. COLACOT, Confederación Latinoamericana de Cooperativas y Mutuales de Trabajadores. Venezuela
12. FENTAP, Federación Nacional de Trabajadores de Agua Potable del Perú
13. CAOI, Confederación Andina de Organizaciones Indígenas
14. The Polaris Institute
15. Unión Campesina Panameña. UCP
16. Comité Nacional de Amistad y Solidaridad con la Republica Bolivariana de Venezuela de Colombia, Junta Directiva Nacional. COMASOLVE
17. Colombia Vive, Massachussetts. EEUU
18. Comisión Justicia Solidaridad y Paz Colombia CRC
19. Alternatives, Montreal. Canadá
20. Federación Democrática Internacional de Mujeres para América Latina y el Caribe
21. Comunidad Ecuménica Martin Luther King. Chile
22. CSSM, Centro de Documentación en Derechos Humanos ¨Segundo Montes Mozo S.J.¨. Ecuador
23. APCS, Agencia Popular de Comunicación Suramericana. Argentina, Brasil, Chile, Perú y Uruguay
24. Unión Solidaria de Comunidades (USC) del pueblo Diaguita Cacano, Santiago del Estero. Argentina
25. Vivero Comunitario Wichan Ranquen, Río Cuarto, Córdoba. Argentina
26. FAPI. Federación por la Autodeterminación de los Pueblos Indígenas. Paraguay
27. Fundación Abril, Cochabamba. Bolivia
28. Organización de Inquilinos de Cochabamba, Cochabamba. Bolivia
29. Movimiento Evita de Santiago del Estero. Argentina
30. Louis Riel Bolivarian Circle  of Toronto. Canada
31. OFRANEH, Organización Fraternal Negra Hondureña. Honduras
32. MTO, Movimiento del Teatro del Oprimido de Jujuy, Jujuy. Argentina
33. MCP, Movimento Campones Popular. Brasil
34. PDA, Polo Democrático Alternativo, Colectivo de Boston. USA
35. CPT, Regional Mato Grosso. Brasil
36. Alliance For Global Justice
37. Nicaragua Network
38. Committee for Labor Rights
Personales
1. Manuel Rozental, Tejedor movimientos indígenas y populares, Brasil.
2. Pancho Castro, Periodista, Colombia
3. Carlos Vidales, Escritor, poeta, académico y activista colombiano. Estocolmo, Suecia
4. Carlos Jiménez, Activista y artista colombiano. España
5. María Cepeda Castro, Activista colombiana, Hungría
6. Justin Podur, Activista, periodista, profesor Universidad de York, Canadá
7. Vilma Almendra, Indígena del Pueblo Nasa
8. Marcela Olivera, Cochabamba, Bolivia
9. Adriana Marquisio, Comisión Nacional en Defensa del Agua y la Vida. Uruguay
10. Hugo Blanco Galdos, dirigente indígena, campesino y popular, Perú
11. Aldo Zanchetta, Italia
12. Francesco Moscato, Académico América Latina, Italia
13. Francesco Biagi – Colectivo Rebeldía Pisa, Italia
14. Carlos Mejia Cortes, concejal, Eckernfoerde, Alemania
15. Sergio Tischler, Benemérita Universidad Autónoma de Puebla- BUAP, México
16. Cecilia Zeledón, Apoyo Zapatista, México
17. Alberto Acosta, ex-presidente, Asamblea Constituyente de Ecuador
18. Rafael Gutiérrez, Poeta, crítico y Director Revista de la Universidad de San Carlos de Guatemala
19. Venancio Guerrero, Militante del PSOL y Tribunal Popular. Brasil y Movimiento Libres del Sur. Chile
20. José Cruz, Colectivo MadreSelva, Guatemala
21. Rafael Sandoval, sociólogo, Guadalajara, México
22. Silvia Trujillo, socióloga, Guatemala
23. Mario López, BUAP, Puebla, México
24. Ulises Castro Conde, doctorante de Sociología, BUAP, México
25. Luis Pedro Taracena, historiador guatemalteco
26. Oscar Soto, Profesor Ciencias Sociales y Humanidades, Universidad Iberoaméricana, campus Puebla, México
27. Anna Turriani, Brasil
28. Alba Teresa Higuera, España
29. Godofredo Aguillón, Académico, Universidad de El Salvador
30. Ana Esther Ceceña, Observatorio Latinoamericano de Geopolítica, UNAM, México
31. Simona V. Yagenova, FLACS0-Guatemala
32. Mario Castañeda, historiador y sociólogo guatemalteco
33. Lars Stubbe, Universidad de Kassel, Alemania
34. María Alejandra Privado Catalán. BUAP, Puebla, México
35. Fernando Matamoros, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
36. Julio Donis, politólogo guatemalteco
37. Agustín Reyes, Dirigente campesino colombiano, Canadá
38. Simona Fraudatario, Rete Italiana de Soliedarietá Colmbia Vive! Tribunal de los Pueblos “Lelio Basso”, Italia
39. Gaia Capogna, Italia
40. Monica del Pilar Uribe Marín, periodista colombiana, The Prisma, Inglaterra
41. Carlos Orantes, psicólogo y sociólogo guatemalteco
42. Gilberto López y Rivas, Profesor-Investigador, Instituto Nacional de Antropología e Historia Centro Regional Morelos
43. Yan López, historiador guatemalteco
44. Arturo Taracena, historiador guatemalteco
45. Carlos Figueroa Ibarra, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
46. Francisco Gómez, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
47. Alfonso Galileo García Vela, doctorante sociología, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
48. Oliver Hernández Lara, doctorante sociología, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
49. Octavio H. Moreno, doctorante sociología, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
50. Raquel Gutiérrez Aguilar, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
51. Jairo González, activista y dirigente colombiano,  Alemania
52. Lorena Martínez Zavala, socióloga mexicana
53. Raúl Zepeda López, sociólogo guatemalteco
54. Mina Lorena Navarro, Universidad Autónoma de México- UNAM
55. Alfredo Duarte  Corte, doctorante sociología,  Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
56. Ernesto Godoy, Instituto de Ciencias Sociales y Humanidades, BUAP
57. Liza Aceves, Facultad de Economía, BUAP
58. Jorge Andrade Roca, músico, BUAP
59. Michael Otuathail, Canadá
60. Elvio Raffaello Martini, Italia
61. Nadia Ranieri, Italia
62. Andrea Semplici, Italia
63. Francesca Casafina, Italia
64. Pablo Mamani Ramírez, Estudios Latinoamericanos, UNAM-México
65. Oscar Olivera Foronda, Cochabamba,  Bolivia
66. Carla Mariani, activista por los Derechos Humanos, Terni, Italia
67. Raúl Zibechi, Militante, activista y escritor, Uruguay
68. Darío Azellini, Alemania
69. Néstor López, Argentina
70. Michelle Ciricillo, Italia
71. Fabio Marcelli, Jurista internacional, dirigente Asociación Internacional Juristas Demócratas y Asociación Europea de Juristas para la Democracia y los Derechos Humanos en el Mundo
72. Maya Piedra. México
73. Mónica Montalvo. México
74. Diego Rojas Romero. Colombia
75. María Yolanda Vera. Argentina
76. Claudia E. Clavijo Guevara. España
77. Jacobo Vargas-Foronda, Jurista y Sociólogo guatemalteco
78. Lucia Villaruel, Programa Cambio Climático y Plurinacionalidad Fundación Pachamama. Ecuador
79. Rosa Elva Zúñiga López, Educadora Popular. México
80. Tania Jamardo Faillace, Activista Social y Periodista. Brasil
81. Ángel Canovas Morán, Pedagogo Social. Santiago del Estero, Argentina
82. Eric Meyer. Suiza/México
83. Marco Antonio Velázquez Navarrete, Red Mexicana de Acción frente al Libre Comercio (RMALC). México
84. María Cecilia Sánchez. Escritora y Psicóloga. Colombia
85. Afrânio Boppré, Secretário de Relações Internacionais PSOL. Brasil
86. Pamela Calito Guerrero Venancio, Militante. Guatemala
87. Roger Herrera, Informativo Eco Urbano
88. Gustavo Guzmán Castillo, Educador Social. España
89. Hernán Ouviña, Sociólogo. Argentina
90. Blanca Cordero, Cooordinadora del Posgrado de Sociología, BUAP. México
91. Fernando Limón, Ecosur. México
92. Anibal Quijano. Perú
93. Erika Muñoz Villarreal, Centro de Estudios Kumanday, Colombia
94. Daniel Mathews, Programa de Doctorado Universidad de Concepción, Chile
95. León Moraria, escritor, Mérida. Venezuela
96. Dennis Herrarte, Guatemala
97. Carolina Ortiz Fernández, Profesora UNMSM. Perú
98. Roberto Lay Ruiz. Perú
99. Danilo Quijano. Perú
100. Nicolás Cruz Tineo, Director  Ejecutivo IDEAC, República Dominicana
101. Mario Bladimir Monroy Gómez, Instituto Intercultural Ñöñho, A.C. México
102. Juan Humberto Botzoc Che. Guatemala
103. José Leopoldo Sánchez Niño, Bogotá. Colombia
104. Rosalba Zambrano Velasco, Universidad Iberoamericana, Puebla. México
105. Diana Castillo M. Colombia
106. Julio Cerén, Toronto. Canadá
107. Luca Brogioni. Firenze, Italia
108. Marco Della Pina, Università di Pisa. Italia
109. Alfonso Cotera Fretel. Perú
110. Francisco Verano, Presidente COLACOT. Venezuela
111. Montserrat Ponsa, Periodista. Fundación Cultura de Paz. España
112. Willybaldo Montero Chura
113. Javier Arjona, Prensa indígena. México
114. Maximo Ba Tiul. Sociólogo. Guatemala
115. Katia Valenzuela F. Socióloga, Facultad de Cs. Sociales, Universidad de  Concepción. Chile
116. María Concepción Reyes Pazos, Silvia, Cauca. Colombia.
117. Cristian Zúñiga. Colombia
118. Beatriz Suárez. Lima, Perú
119. Luis Isarra Delgado. Secretario General de la FENTAP. Perú
120. Nuvia Martínez. Colombia
121. Olga Lucia Álvarez. Colombia
122. Giulia Poscetti. Italia
123. Myrna Eligia Torres Rivas. Centroamericana
124. Salima Cure, Antropóloga UN. Colombia
125. Guillermo Valero, Artista y Ecologista. Colombia
126. J. Uriel Aréchiga Viramontes, Universidad Autónoma Metropolitana- Iztapalapa (UAM-I). México
127. Carolina Landaida Sivori, Socióloga Universidad de Concepción. Chile
128. Rubén Darío Pardo, Docente Universidad del Quindío. Colombia
129. Fernando Arellano Ortiz, Periodista. Colombia
130. Beverly Bell, Other Worlds. US
131. Ana Zambrano, Directora Colombia Vive, Massachussetts. EEUU
132. Aivun  Nuvia. Colombia
133. Sheila Gruner, Activista y Profesora de la Universidad de Algoma. Canadá
134. Jeff Conant, Global Justice Ecology Project. EEUU
135. Ben Dangl, Activista y Periodista, Upsidedown World. EEUU
136. David Alberto Duque Negro. Colombia
137. Aura Catherine Carvajal Jojoa, Docente. Colombia
138. Oscar Sandoval. Honduras
139. Kate Hodgson, Abogada. Islas Británicas
140. Rachel Waller, Abogada. Londres. Reino Unido
141. Marcela Escribano, Alternatives, Montreal. Canadá
142. Alberto Arroyo Picard,   Universidad Autónoma Metropolitana. México
143. Pilar Castilla, Trabajadora de la Educación, G. Alvear, Mza. Argentina
144. Hildebrando Vélez G. Universidad del Valle. Colombia
145. Edgardo Lander. Venezuela
146. Inés Izaguirre, Socióloga, Docente Investigadora, Universidad de Buenos Aires (UBA) y Co-Presidenta de la Asamblea Permanente por los Derechos Humanos (APDH). Argentina
147. Rick Arnold. Canadá
148. José Seasone, Profesor e Investigador UBA y GEAL. Argentina
149. Miguel Monserrat, Co-Presidente APDH. Argentina
150. Dolores Jarquin. Nicaragua
151. Alicia Herbón, Secretaria de Educación de la Mesa de APDH. Argentina
152. Liliana Seró, Posadas, Misiones. Argentina
153. Leandro Daniel Barsotelli, Neuquén, Neuquén. Argentina
154. Alicia Fernández Gómez. Estado Español
155. María Maneiro, Socióloga. Argentina
156. Gong-U, Gang, Izquierda Autonomista. Corea del Sur
157. Katherine Vargas, Universidad Pedagógica Nacional. Colombia
158. María Laura Ramognino. Argentina
159. Jorge P. Colmán, Coordinador General, Agencia Popular de Comunicación Suramericana-APCS. Argentina, Brasil, Chile, Perú y Uruguay
160. Lilia Mabel Sánchez, Buenos Aires. Argentina
161. Julia Martínez Herrera. Argentina
162. Reinaldo Ledezma, Sociólogo, Santiago del Estero. Argentina
163. Atariy Santiago, USC Pueblo Diaguita Cacano. Argentina
164. Mónica Palferro, USC Pueblo Diaguita Cacano, Miembro del  Consejo Educativo Autónomo de Pueblos Indígenas- CEAPI. Argentina
165. Alicia Jardel, Profesora. Bélgica
166. Mirta Pereira, Asesora FAPI. Paraguay
167. Natalia Laura Campilongo. Argentina
168. Chantal Godfroid. Bélgica
169. Raúl F Lorenzo, Diputado Provincial, Vice Presidente 2a. Cámara de Diputados de Santiago del Estero, Miembro de la Mesa Nacional del Movimiento Evita. Argentina
170. Mauricio Acosta Rangel. Colombia
171. Camilo Aguilera Toro, Universidad del Valle, Cali. Colombia
172. Francisco Pérez Esteban, Secretario de Derechos Humanos y Solidaridad de IZQUIERDA UNIDA DE ESPAÑA
173. Yurani Mena Ortega, Nariño. Colombia
174. Shady Ruíz Díaz M., Asunción. Paraguay
175. Iván Forero, Defensor de Derechos Humanos colombiano (en exilio desde hace 14 años)
176. Carmen E. Sosa. Uruguay
177. Catalina Toro Pérez, Profesora Departamento de Ciencia Política, Coordinadora Grupo Política y Derecho Ambiental, Coordinadora Maestría Biociencias y Derecho, Facultad de Derecho, Ciencias Políticas y Sociales, Universidad Nacional. Colombia
178. Mónica Nicoliello, Profesora de Historia, Salto. Uruguay
179.    Erna von der Walde, Docente e investigadora, Estudios colombianos y latinoamericanos, Bogotá. Colombia
180.    Karen Whyte, Victoria, BC. Canada
181.    Christine James, Member, Colombia Vive, Boston, MA. EEUU
182.    Patricio Vázquez, Músico, Buenos Aires. Argentina
183.    Filipe Diez, Professor, Corunha, Galícia, país integrado na Espanha
184.    Ana Maria Zodi, São Paulo -SP – Brasil
185.    Giselle Isabel Garcia Hjarles Villanueva. Chile.
186.   Diana Canales. Honduras
187.   Rubén Pagura, Actor y Dramaturgo. Costa Rica
188.   Carlos Pineda, San Pedro Sula. Honduras
189.   Jesús Féliz Jiménez. República Dominicana
190.   João Osmar D’Ávila. Brasil
191.  Idalina Maria Pires. Brasil
192. Joao Batista Diniz Ferreira. Brasil
193. Marina Kaplan, Professor Emerita of Latin American Literature, MA. USA
194. Claudia Fanti, Periodista. Italia
195. Patrick O’Brien. Irlanda
196. Demetrio E. Brisset, Catedrático de Comunicación de la Universidad de Málaga. España
197. Pedro Dall’Agnol Ribeiro. Brasil
198. Rebecca Ramsay. Colombia Vive, Boston. EEUU
199. Miriam Miranda, Organización Fraternal Negra Hondureña, OFRANEH. Honduras
200. Quelo Basualdo, Movimiento del Teatro del Oprimido de Jujuy, Jujuy. Argentina
201. Pierre Bérard, Sainte-Foy-lès-Lyon, Francia; Porto Alegre, Brasil
202. Sandy Hernández, Activista. Guatemala
203. Altacir Bunde, MCP. Brasil
204. Mauro Britta Cuiabá, MT. Brasil
205. Chandler Davis, Toronto. Canada
206. Susan Rice, Brantford ON Canada
207. Eric Mills, Canada
208. Eliege Maria Fante, Periodista Ambiental desde Porto Alegre. Brasil
209. Rosécio Alves Santana, Belo Horizonte, MG. Brasil
210. Tom Lewis, Profesor y Activista Socialista. EEUU
211. Nelly Schmalko, Universidad Nacional de Quilmes. Argentina.
212. Sara Rosenberg, Escritora. Argentina
213. Maurício Colares, Maestrando en Literatura Latinoamericana de la Universidad de Buenos Aires
214. Fr. Ignatius M. Candon, O.P., St. Dominic’s Priory, ATHY, Co. Kildare. Ireland
215. Juan Cejudo Caldelas, Cádiz. España
216.    Alejandro Koopmann Riego. Paraguay
217.    Dr. James Deutsch, Faculty of Medicine, University of Toronto. Canada
218. Juan Carlos Fernández, Historiador y Archivista. Asamblea Permanente de Derechos Humanos La Paz. La Paz, Bolivia

 


[i] Fazio, Carlos. “Lugo, EEUU y la Telaraña imperial”. La Jornada. Ver: http://www.jornada.unam.mx/2012/06/25/opinion/025a1pol, consultado em 27 jun. 2012.

[ii]  Robin, Marie-Monique. O mundo segundo a Monsanto (vídeo). O trecho sobre o Paraguai ilustra esses fatos. Ver em: http://www.youtube.com/watch?v=gkQN5gopWSU, consultado em 26 jun. 2012.
[iii] Núñez, Silvio. “La transnacional Río Tinto Alcán y el Golpe de Estado”. Rebelión. Ver: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=152070, consultado em 27 jun. 2012.
[v] Sobre o Aquífero Guarani, ver, por exemplo: http://boletinmovidaambiental.blogspot.com.br/2010/02/acuifero-guarani-objetivo-pentagono-vi.html, consultado em 26 jun. 2012.
[vi]“Campesinos luchan contra latifundio en Paraguay” (vídeo). Ver em http://www.youtube.com/watch?v=WlrmNYWwoWk&feature=em-share_video_user, consultado em 26 jun. 2012.
[ix] Ver, por exemplo: “Álvaro Uribe Vélez: ‘Paraguay es una mina de oro que debe ser explotada’”, em http://www.ultimahora.com/notas/462893-Alvaro-Uribe:-Paraguay-es-una-mina-de-oro-que-debe-ser-explotada, e “Pide Uribe Vélez a Paraguay no ser ‘débil’ en lucha contra el terrorismo”, em http://es-us.noticias.yahoo.com/pide-uribe-vélez-paraguay-ser-débil-lucha-terrorismo-155900655.html, consultados em 27 jun. 2012.
[x]Méndez Grimaldi, Idilio. “Monsanto golpea en Paraguay: Los muertos de Curuguaty y el juicio político a Lugo”. Em: http://www.atilioboron.com.ar/2012/06/por-que-derrocaron-lugo.html, consultado em 24 jun. 2012.
[xi] Sobre a decisão de Lugo, ver, por exemplo: http://www.tercerainformacion.es/spip.php?article10002, consultado em 26 jun. 2012.
[xii]Stefanoni, Pablo. “Un golpe largamente planeado”. Página Siete. Ver: http://www.paginasiete.bo/2012-06-23/Opinion/Destacados/18Opi00223-06-12-P720120623SAB.aspx, consultado em 27 jun. 2012.
[xiii] O Presidente Santos já anunciou que, na próxima reunião da Unasul, proporá a realização de eleições no Paraguai, para “evitar que o povo sofra”, colocando em marcha o maquinário de legitimação e encobrimento. Ver: http://www.elespectador.com/noticias/elmundo/articulo-355374-santos-propondra-unasur-se-adelanten-elecciones-paraguay, consultado em 26 jun. 2012.

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