Os Pankararu, antigamente cozinhavam seus alimentos, na água e sal, não tinham tempero nenhum, sua caça, seu camaleão, o teiú, um passarinho, o seu beiju, eram cozidos sem tempero.
Eles não tinham cama, botavam umas palhas de licurizeiro no chão e se deitavam, o lençol era um saco de estopa(usado para embalar feijão), a colher era da folha de cajueiro.
Agora, com a interferência da cultura dos não indios, os Pankararu adquiriram alguns costumes, que muitas vezes facilitam, e outros prejudicam a sua cultura . Antes tudo era um sacrifício.
Ficavam sem saber de nada, sem saber a importância da política, dos direitos constitucionais que tem, pois se soubessem dos seus direitos, abalariam qualquer político, iriam buscar seus direitos, para beneficiar sua comunidade, e atender os Pankararu, na incansável busca de um futuro melhor.
A pesar de todas as mudanças, sempre souberam preservar seus rituais, onde reside as suas verdadeiras riquezas.
“Somos um espírito único com a natureza. Agradecemos não só pela hospedagem, mas pelos sentimentos, com que nos receberam. E que o grande espírito da natureza, aperfeiçoe nossos conhecimentos cada vez mais, integrando nossos corações, a essa essência que, se o nosso pai Santsé permitir, jamais se acabará”.

Vagno Barros