Os índios conhecidos como Pankararu, habitavam nas terras da margem do rio São Francisco em Pernambuco, nas mansidões da cachoeira de Itaparica, antiga Jatobá.
Com a chegada dos padres jesuítas, os índios foram saindo das suas terras, e se estalarão na Tabita município de Gloria na Bahia, e outros se estalarão na fonte da Taboa e Cana Brava hoje Tacaratu. Foi então que os Jesuítas começaram a perseguição dos índios, para deixarem de falar na língua Pankararu, e por medo os índios se dês pensarão para serra grande em Inaja, e Serrote da Missão hoje Brejo dos Padres. Com a catequização, muitos índios aceitarão a convivência com os brancos, os referentes Jesuítas e construirão uma igreja, onde é o marco central com os quatro pontos cardeais, hoje cemitério da Aldeia Brejo dos Padres. Porem outros não concordaram e não suportaram, a imposição e se lançaram no Rio, deixando seus pertences em uma gruta no Serrote do Padre, município de Petrolandia – PE.
As terras da união de uso e frutos dos Pankararu, foram pauletadamente ocupadas por grileiros. Os índios ainda viviam de caça e pesca, os Jesuítas em mais uma visita aos índios, trouxeram maniva de mandioca, e ensinaram uma índia chamada Juliana para plantar na serra grande, sendo esta guerreira a primeira a plantar mandioca. Na mesma época os limites da terra indígena Pankararu, que era aproximadamente de 40.000 (quarenta mil metros quadrados) foram sedo ocupadas.
E aporta aberta foi o Brejinho da Serra, se onde se estalou a família CORREIA como primeiros posseiros, que na época chamava se de grileiros, na mesma ocasião vários focos de posseiros foram surgindo, sendo o Caldeirão invadido pelas famílias MARCULINO e LUCIANO.
Em meio a este Cesário foi envaido a Pankararu, um chefe do SPI (serviço de proteção ao índio) o Doutor: Carlos Estevão, que com uma visão mais futurista, construiu a primeira escola em Pankararu, e também ensinava os índios, a cultivar mudas de agave, que serviam para confecção de artesanatos.

Na mesma época outros novos focos de invasões foram naturalmente acontecendo em Pankararu. A exemplo da invasão do Caxiado, feito por um cidadão chamado João de Boa, que juntamente com a família construíram suas casas em forma de vila.
Foi dando inicio o mandato do sr.Castelo Banco, como chefe do posto, que deu inicio ao primeiro movimento para expulsar os poceiros, varias historias de violência ocorreram contra os posseiros, mas não houve força política para resolver o problema, alguns deixaram a terra que rapidamente foi ocupadas por novos posseiros, e assim se estenderam ate o Bem –Querer de Baixo. Sendo estas localidade ocupados pelas famílias Martins Zé Barros e Zé Maria. Em um espaço curto de tempo o SPI, perdeu o controle sobre a terra Pankararu, e deu inicio do processo de cobrança de rendas das terras, motivo dos grandes conflitos envolvendo chefe do posto, e o posseiro Antonio Chico.
Um outro conflito se deu entre, o senhor Nozinho Januário também, a posseira do Caldeirão a senhora São Pedro Noia posseira alagoana, que se estalou no Caldeirão, para criar Bode e desenvolver plantio, e a origem do conflito foi devido ao travessão da área indígena, embora houvesse resistências contra os posseiros. Os posseiros foram chegando, convidados pelos próprios índios, que entendiam que a terra que foi dada por o pai Santsé, era para todos. Dando a origem de varias famílias, que se tornaram por opção indígenas, de coração por amor a seus conjugues, e finalmente a esta terra encantadora chamada Pankararu que oficialmente, só foi dado inicio ou processo de desentrosão, no ano de 1996 (mil e novecentos e noventa e seis), e ate hoje somos índios, somos branco e em fim somos gente que aprendemos amar PANKARARU.

Jéssica Pankararu