Foi realizado pela equipe nacional do CIMI, a primeira oficina de áudio na Aldeia caramuru, município de Pau Brasil-BA no Povo Pataxó hãhãhãe, com a participação de representantes das etnias Pataxó Hãhãhãe, Pataxó, Xucuru, Truká, Potiguara e Pankararu, com inicio no dia 03/06/2007, as 03:00 Hs da tarde, com apresentação de todos participantes presente, e com a apresentação da pauta do que iria acontecer durante a oficina de áudio.
No dia 04/06/2007, foi feito a abertura com o ritual tradicional, logo após foi discutido como seria distribuídos as oficinas durante o dia, com quem ficaria as coordenações. foi dado um minuto para a fala de cada povo trazendo as noticias da sua aldeia, nesse minuto da fala de cada povo, foi colocado a necessidade e o que estar acontecendo em cada aldeia. a oficina de áudio tem o objetivo de incentivar a produção de áudio nas aldeias, visando o beneficio das comunidades e do movimento indígena do Nordeste. usar a produção da comunicação é um movimento de mobilização, foi levantado pela equipe da coordenação (CIMI) a seguinte pergunta:
como a produção da comunicação pode contribuir para sua comunidade, e para o movimento indígena no raio de atuação da APOIME ? cada participante responderam em uma folha o seu ponte de vista de acordo com seus conhecimentos. os gêneros foi uma questão muito polêmica, que na verdade gerou debate.
Os gêneros da radio:
* Publicitária
*jornalística/informativa
*Ficcional
*Educativo/cultura

Em relação as tipos de programação, cada participante colocou a sua idéia de como deve funcionar uma radio comunitária, e quais os tipos de musicas que devem serem passadas, até mesmo por essas musicas não estarem agradando o publico alvo que é a comunidade indígena.
As etnias ali representada, se dividiram para discutir juntos três temas por equipe, isso para que as equipes se entrosem nas trocas de experiências, para que cada povo conheça a realidade do outro. Dos tres temas tirado por equipe, uma foi lançada em uma matéria, as equipes novamente se dividiram para decidir qual tema seria escolhido, e como ele deveria ser apresentado, logo após as equipes retornaram para a plenária, onde cada povo tirou suas duvidas em relação a APOIME com as comunidades, onde a APOIME estava sendo representado por Zé de Santa (Xukuru), onde cada povo colocou seu ponto de vista em relação a sua comunidade.
Dia 05/06/2007, a abertura foi feita no cemitério, onde os povos que participaram da oficina de áudio, prestaram uma homenagem ao índio Galdino, que foi brutalmente assassinado em Brasília-DF. No local onde o índio Galdino foi plantado, cada povo ali representado expressaram sues sentimentos, em seguida todos retornaram para o local da oficina, a discussão foi sobre o funcionamento de uma radio comunitária, de quais são as leis e o que ela respeitam e desrepeitam, em relação a extensão, ou seja, a extensão da radio, pois sabemos que a lei diz que a extensão de uma radio comunitária é de 1Km quadrado, e isso não é possível para as comunidades, pois as aldeias são extensas, e a informação precisa chegar a todos os indígenas que residem nas aldeias, e as comunidades indígenas precisam ter a sua rádio comunitária diferenciada, pois nos indígenas sabemos o que é bom e o que é ruim para as comunidades.
Uma das representantes do CIMI ( Pricila) que estava em Brasília na audiências do território dos povos Potiguara e o povo de Raposa Serra do Sol, ela se apresenta e passa a informação do que avia acontecido em Brasília-DF. Sérgio, representante do GESAC, é convidado para estar ajudando na oficina. Antes ele se apresenta e fala sobre a implantação do GESAC e a parceria com o ministério da cultura, juntamente com a ONG THYDEWAS, responsável pelo projeto índios online, Sérgio também fala sobre a importância da internet nas aldeias, e de como ser usada pela comunidade , e se colocou a disposição da plenária para que fosse esclarecidas algumas dúvidas, através de perguntas. Depois de tudo esclarecido, as equipes foram visitar a área de retomada, a São Vicente, onde todos conheceram de perto a realidade das pessoas que moram la já mais de 05 (cinco) anos. Ao retornarem, foi dado continuidade aos trabalhos, que na verdade era a parte de produção . No período do dia 05/06/2007, foi tirado também uma comissão com um representante de cada povo.
Dia 06/06/2007,foi aberto com o ritual no local onde foi realizado a oficina, logo após foi lido o documento final, foi aberto para a plenária para ver o que poderia ser mudado no documento. Depois da leitura do documento tivemos a apresentação do trabalho que foram todas bem gravado, onde todos viram e ouviram a participação de cada um. E em seguida veio os comentários em relação aos trabalhos feitos. Ao terminar os comentários foram sentados em equipes por Povos para que fossem discutido os problemas da radio comunitária, e como podemos fazer com que melhore e de como irá continuar depois da oficina. Ficou certo que ficaria a critério de cada povo para que se sentasse depois juntamente com a comunidade, para que todos soubessem a importância da rádio comunitária e de como ela pode beneficiar a própria comunidade, em seguida veio a avaliação final de como foi o encontro.

Autor Edmar Batista de Souza,
nome indígena Itohã Pataxó Hãhãhãe
itohapataxo@hotmail.com