”A exposição dos Suruwahá na internet por meio do site YouTube e de uma página específica para contar a história da índia adotada pelo casal Suzuki, a Hakani, onde apresenta um filme com produção de empresa privada, é grave e exige que a FUNAI, por meio de sua
procuradoria, entre com representação contra a JOCUM. Os vídeos divulgado são desrespeitoso,afronta a verdade e expõe os Suruwahá para a opinião pública desinformada dos meandros culturais,
como bárbaros”

Doc.20-A
(Proc.08620-000022/2003)fls.159.
”O Ministério da Educação7 também se posicionou contrariamente a atuação das Missões, senão vejamos: “Os índios, como cidadãos, têm direito a receber uma educação de qualidade ofertada pelo poder público: eles não devem ser forçados ou seduzidos a aderirem uma nova religião e a abandonarem práticas tradicionais e seculares para terem acesso a programas de alfabetização e letramento. Protege-se, nesse sentido, as manifestações culturais das sociedades indígenas,
reconhecendo aos índios o direito de permanecerem índios, e rompendo com uma longa tradição jurídica que sempre procurou assimilar os índios, fazendo com que abandonassem suas línguas e práticas culturais”.(original sem destaque-fls83/86)

Algumas denuncias contra a Jocum são:

– Proselitismo religioso: impor o evangelismo a um povo indígena;

– Retirada de crianças da aldeia para adoção e remoção de índios da área indígena, incluindo crianças, sem comunicar a Funai: Cimi e antropólogos argumentam que isso pode ter aumentado os suicídios;

-Escondem e disfarçam a intenção de evangelizar;

– Presença ilegal na área: sem autorização formal à Funai

– Desestruturação da sociedade Suruwahá, por meio da introdução de novos valores que desestrutura a cosmologia tradicional;

-Preconceito contra os índios (chamam eles de incapazes, medrosos, inflexíveis, selvagens, insensatos, frágeis psicologicamente?)

-Filme feito ilegalmente, com recursos dos Estados Unidos e equipe de cinema holywoodiana, que acirra o preconceito contra índios em defesa do trabalho pró prio;

-Influencia os índios contra funcionários da Funai (pois só eles dominam a língua), e estes funcionários foram várias vezes ameaçados de morte por isso;

-Escravidão de comunidades indígenas em investigação pela PF

O laudo completo feito em Junho desse ano ,encontra-se em:

http://brasil.indymedia.org/media/2008/07//425032.pdf

De acordo com o site hakani.org :

”Nenhuma criança se feriu durante as filmagens. As cenas de enterro, apesar de parecerem reais, foram feitas com truques cinematográficos de Hollywood. O diretor do filme, David L. Cunningham, utilizou bolo de chocolate esfarelado para parecer terra. Uma brincadeira foi feita então, onde as crianças foram convidadas a comer a “terra” de chocolate e então, com truques de fotografia e edição, as cenas de enterro foram produzidas. A criança que interpreta a pequena Hakani bebeu leite com chocolate que imitava uma poça de lama, e comeu balas de goma em formato de minhoca!

A segunda parte do documentário traz depoimentos de indígenas sobres suas experiências pessoais com infanticídio onde eles pedem que seu povo pare com essa prática.”

Observação: Esse post não é um posicionamento nem contra o Infanticídio nem a favor, porem sim um alerta sobre certas coisas que não foram tão abordadas por trás da questão