Até o ano de 1935, os índios pankararu falavam fluentemente a língua Tupi Guarani. Mas a partir dos anos seguintes, por conseqüência do envolvimento contínuo com não indígenas, e a opressão que os Pankararu sofreram, acarretou a descaracterização da língua materna tradicional dos Pankararu. E por isso, atualmente são poucos os índios Pankararu, que são conhecedores de sua língua materna, até porque os mais velhos com toda opressão vivida não repassaram o dialeto para as gerações futuras, com medo da repreensão dos não indígenas, assim caiu no esquecimento nossa língua materna.
Mas mesmo assim, nos dias de hoje muitas palavras tradicionais Pankararu, são ditas no cotidiano do povo Pankararu, formando assim um vocabulário específico e diferenciado. Como: bom dia =ará, sol= saci, nosso Senhor =São Sé, praia= tona-nô do licurí, tosse=uçã, marido=menã, ficar=upitã, meu filho=xemembia-piaba, lua= Jacira, prato de barro=tibungo, pagé= sarapó, feio= liquí, mentira= zôpri, e outras palavras. A língua de Pankararu não se perdeu, na verdade, há falta de comunicação, de interação com os indígenas entre si, pelo fato de haver a comunicação entre índios e não índio acarretou que, houve um envolvimento maior entre os índios e os brancos desenvolvendo mais a língua culta dos brancos.
Aconteceu que, através desse envolvimento, os índios Pankararu acabaram que, adotando a língua que eram deles e esquecendo assim, sua própria língua Tupi Guarani.

Marcela pereira & Maria Francisca
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