Neste ultimo dia 07/09/08 estávamos no 14º Grito dos/as Excluídos/as, o qual mobilizou neste dia mais de 10 mil pessoase. No dia sete se comemora o dia Independência da Republica, embora nos Indígenas não temos o que comemorar neste dia de sete de setembro.
Quando Dom Pedro gritou “independência ou morte”, isso pode ter mudado a vida de muitas pessoas, mais a nossa continuar o mesmo câncer, desde quando invadiram nossas terras, se eu pudesse voltar no tempo, eu pediria para Dom Pedro gritar, “Independência para os indígenas ou morte para aqueles que não devolverem as terras dos verdadeiros donos, que são os indígenas”.
Que pena que eu não posso mudar a história, mais tenho pura convicção que nós somos o protagonista da nossa historia, para isso temos que continuar a luta e fazer vale nossos ideais constitucionais.
O legal de tudo isso também, é que os 25 estados do Brasil, além do Distrito Federal, segundo dados preliminares dos organizadores. O movimento segue com o Tema: “Vida em primeiro lugar: Direitos e participação popular” e destaca a luta pela universalização dos direitos e a defesa dos territórios dos povos originários. Em algumas cidades, as manifestações acontecem desde o dia cinco de setembro.
Nesta cidade a qual moramos, embora não seja uma selva de mata Atlanta, mais nós indígenas estamos morando nesta selva de pedra passando por várias dificuldades. Temos a consciência que não somos os únicos a passar pelo descasos dos políticos conosco. Mais se falando de uma visão mais ampla, estamos nos descasos de uma política Social como os demais excluídos dos direitos sociais.

No grito dos excluídos não importa o credo, raça, sexo e classe social, pois o importante é a mobilização e participação de todos que foram lesados pela política do nosso país.
Pois a participação dos povos indígenas foi bastante marcante, pois reivindicamos as nossas terras, moradia, justiça, contra a violência e em defesa de nossos territórios.
Pois lá tinha moradores de rua, mulheres marginalizadas, mst, estudantes, professores e varias outras entidades, por uma luta por justiça e direitos.
O encontro foi em um dos cartões postais de São Paulo na Catedral da Sé, mais de 10 mil pessoas andaram da Catedral até o Monumento do Ipiranga com mística em defesa dos povos indígenas e de todas as outras populações presente.
Pois fomos marcar presença em defesa das nossas comunidades indígenas do país e da área de proteção ambiental (Rio São Francisco). Além de reivindicar o baixo preço da energia elétrica e contra a criminalização dos movimentos sociais.
Nos participamos no Grito dos/as Excluídos/as para reforça o protesto contra a exclusão social e por mudanças na política econômica e universalização dos direitos.

Edcarlos (Carlinhos) – Pankararu
edpankararu@yahoo.com.br