Na cultura Pataxó e dos indígenas em geral, um dos princípios de vida é o respeito pela natureza, pois ela é um bem precioso, da qual dependemos para viver. Podemos desfrutar dessas riquezas que ela nos proporciona, mas sem exploração e sem desperdícios. Não é fácil zelar pela natureza e nos manter nesse principio no mundo em vimemos em que o amor ao dinheiro tem cegado a muitos homens a ponto de causar danos ao meio ambiente sem pensar nas consequências que isso traz.

Para quem não conhece nossas aldeias Pataxó de Cumuruxatiba, se algum dia vier nos fazer uma visita, verá que em nosso ambiente não há lixo espalhado pelo chão, nos espaços comunitários. Procuramos manter uma conduta consciente à preservação do meio ambiente. O problema que ainda temos que lidar é a falta de coleta de lixo. Por isso, tivemos que criar formas para evitar o acúmulo de lixo e fazemos isso reutilizando o lixo orgânico que serve para adubar a plantação, já o lixo inorgânico acaba sendo destinado à queima. Sabemos que isso não é a melhor forma de resolver esse problema, mas é a forma que encontramos nesse momento. No município de Prado, no qual estamos localizados, infelizmente não acessamos ao serviço de coleta de lixo nem a outros como água potável e saneamento básico, a prefeitura que deveria proporcionar esses serviços a nossa população, se coloca como barreira ao acesso destes. Um fato que nos deixa indignados é saber que próximo às aldeias existem algumas comunidades rurais que recebem o serviço de coleta de lixo. “O carro de lixo da prefeitura passa em frente à nossa aldeia para ir pegar o lixo da comunidade vizinha, mas não pega o nosso lixo.” – Disse um morador indignado. Concluímos que isso é na realidade um descaso intencional com os indígenas. Não existe desculpa para não recolher o lixo nas aldeias, o fato é que temos sido negligenciados a esse direit20160304_12245820160304_12234720160304_122341