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Não é toda vez que temos a oportunidade da conhecer uma liderança indígena, cujo foi importante durante aquela época. Muitos guerreiros que lutaram pelas suas terras hoje nem existem, e ficam apenas na memória.

Com o decorrer do tempo, a luta indígena se tornou algo mais estratégico, devido ao crescimento da tecnologia e conhecimento. Fato que também mudou o mundo todo, pois coisas que se conquistavam em guerras, hoje são conquistadas por poderes políticos.

Da mesma forma o movimento indígena em sua caminhada ( iniciando em meados de 70), também teve que se propor as esses mecanismos, ou “estratégias de guerra”. Com isso vem o nosso primeiro representante indígena no Congresso Nacional, seu nome? Mário Juruna, que simplismente lutava pelos direitos dos povos indígenas. Ouvir dizer que ele gravava as promessas de Ministros,e que depois ele ia cobrar. Diziam a ele que não haviam prometido nada, ou que não lembravam, e ele buscava seu gravador e refrescava a mente deles, com as palavras retiradas de seu gravador.

MÁRIO JURUNA nasceu em 1943, época em os índios do Brasil Central eram atacados por jagunços armados e expulsos de suas terras. Destacou-se na afirmação dos direitos dos povos indígenas, e também na luta em prol da abertura política do Brasil. Sua história é densa e inspiradora. Sobreviveu vitorioso até morrer de problemas de saúde aos 59 anos.

Essa pequena reflexão escrita é pelo fato de que nesse mês, irá estreiar o filme de  Mário Juruna.

Pela primeira vez na TV, o filme Juruna, O Espírito da Floresta, nesta sexta.

A TV Brasil exibe em primeira mãono  dia 21, sexta-feira, o documentário de longa metragem Juruna, o espírito da Floresta, do cineasta Armando Lacerda.  Segundo o diretor e produtor, o filme pretende mostrar as diferenças que separam e estigmatizam os povos indígenas e resgatar a história do cacique Xavante, ex-deputado Mário Juruna, personagem excepcional na história política do Brasil.

Único indígena a ocupar cadeira no Parlamento, Mário Juruna é apresentado no filme pelo filho primogênito – Diogo Amhó – que através
de seus parentes resgata a memória do pai e a trama de sua história no complexo mundo dos povos indígenas. O enredo do filme mostra a
resistência e sobrevivência das comunidades indígenas diante do avanço da “civilização” e propicia uma reflexão sobre a conjuntura político-social brasileira, da metade do século 20 até o presente momento.

Para ilustrar com riqueza de detalhes a biografia de Mário Juruna, o diretor Armando Lacerda usa passagens inéditas da trajetória do líder Xavante até seu ingresso na vida pública. Mário Juruna foi a voz dos povos indígenas ao denunciar o genocídio e o descaso das autoridades com esta cultura. Para o povo Xavante, resgatar a imagem da sua mais expressiva liderança no meio da cidadania branca é contribuição que preenche uma lacuna incompreensível. (Fonte: EBC- Brasília)

Juruna, o Espírito da Floresta vai ao ar no dia 21, sexta-feira, às 22 horas, no Programa de Cinema da TV Brasil.

Vale apena conferir a história de mais um, entre tantos que lutaram pela causa indígena!!!