Fazemos artesanatos, fabricandoos peças com pulceiras, colares e entre outros.
Também é muito rica a nossa diversidade de animais e plantas medicináis.
Temos uma forma bastante simples de demontra nossa cultura com o toré o toré é uma dança que praticamos quando estamos tristes alegres quando vamos celebra algo que gostomos.
Somos amantes da música, e praticamos em festas de plantação e de colheita, nos ritos da puberdade e nas cerimônias de guerra e religiosas. Os instrumentos musicais são: toró (flauta de taquara), boré (flauta de osso), o mimbi (buzina) e o uaí (tambor de pele e de madeira).

UM POUCO SOBRE TORÉ
O ritual do Toré, realizado no Ouricuri, espaço sagrado aonde acontecem os rituais, há mais ou menos sete quilômetros da aldeia, aonde não-índios não entram, é o nome dado ao ritual, mas também ao canto e a dança. Toré é o símbolo da resistência dos índios do Nordeste ou “índios misturados”.

Quando houve o reconhecimento dos povos indígenas, das comunidades remanescentes do Nordeste, muitos povos que perderam sua língua, e muitas das suas tradições, por todos esses anos de destruição e colonização, re-aprenderam ou re-criaram suas origens com outros povos que mantiveram seus costumes, chamando genericamente os rituais dos povos indígenas do Nordeste de Toré.

Na tribo Kariri-Xocó, como o nome mesmo diz, duas etnias foram misturadas, tendo dois caciques e dois pajés, na liderança política e espiritual do grupo. Todos são exímios cantores e dançarinos do Toré, da criança de cinco anos, aos velhos do conselho de 90 à 100 anos, assim como curandeiros e especialistas na cura de ervas.

No final da década de 80, o pajé Júlio Suirá, preparado pelo antigo Cacique, recebeu uma mensagem que esse ritual deveria ser aberto aos não-índios, que as pessoas teriam direito de conhecer esse segredo milenar da humanidade. Então, alguns índios mestres de cantos e danças, como Tchydjo e sua família saíram pelo mundo mostrando apresentações de Toré. Aqueles cantos milenares, o bater do pé no chão acompanhado pela maracá, juntamente com as vestimentas e a força sentida energeticamente são encantadores a quaisquer olhos.

Hoje, há mais de quinze anos na estrada, o toré da tribo Kariri-Xocó, é estudado como performance e resistência cultural, pois ao saírem da tribo eles garantiram não só a preservação das tradições em cantos e danças, como fizeram o povo indígena voltar a ter a auto-estima e diminuir a violência e o pré-conceito local e regional, na sua comunidade e comunidades vizinhas.

Nome da Tribo: Kariri Xocó
Estado: Alagoas
Município: Porto Real do Colégio (Beira do Rio São Francisco)
Titulado pela: FUNAI
Idade da Tribo: Mais de 200 anos.

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