No Brasil onde o "progresso" chega é incalculável o prejuízo causado a natureza e aos povos que serão afetados.

No dia 20 de Maio de 2010, uma comitiva composta por diversos grupos atingidos por barragem do Vale do São Francisco, irá passar mais de seis dias em frente ao Palácio do Buriti, essa grande manifestação baterá de frente com as injustiças provocadas pela CHEFS (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), onde acordos e propostas de melhorias acordadas para essas famílias não foram compridos até hoje.

Indígenas atingindos por Barragem do Rio São Francisco na Bahia, lutam para que a CHEFS cumpra com o que prometeu.

Nessa empreitada estão mais de 60 indígenas ribeirinhos, que foram excluídos e enganados ao deixarem suas terras de origem para dar espaço ao “progresso” do Brasil.Essas famílias antes da saída forçada dos seus territórios, fizeram várias  negociações documentadas com a empresa CHEFS (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), onde sua sustentabilidade seria garantida através de idenizações e projetos.

A Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobrás, foi criada pelo Decreto-Lei nº 8.031, de 03 de outubro de 1945, e constituída na primeira assembléia geral de acionistas, realizada em 15 de março de 1948, com a missão de produzir, transmitir e comercializar energia elétrica para a Região Nordeste do Brasil. Entretanto, o que ninguém sabe é que até hoje famílias das cidades de Rodelas, Belém do São Francisco, Barra do Tarrachil, Santa Brígida dentre outras, estão lutando há muitos anos para que a justiça brasileira garanta o cumprimento e o pagamento dos acordos da CHESF com essas famílias, compostas por agricultores, indígenas, quilombolas e não indígenas.

Depois da Construção da Barragem de Itaparica na Bahia, muitas famílias de diferentes cidades sofrem com as injustiças provocadas pela CHEFS, empresa responsável pelo projeto.

O Movimento dos Ribeirinhos Atingidos por Barragem do Rio São Francisco não é novo, é uma corrente que começou com uma grande figura política da cidade de Rodelas/BA, Romero Carvalho, que hoje se une também com o movimento dos indígenas ribeirinhos tendo como protagonista Francisco Carlos (membro da APOIMNE) mais conhecido com Dipeta.

Esse movimento tem um cunho político humanitário, que busca de forma democrática buscar as organizações do Governo, que possam interferir de forma significativa em prol dessas famílias que sofreram e sofrem injustiças.Tal procedimento fere as leis acordadas no Brasil,  essas familias não estariam sofrendo há anos, caso nossa justiça funcionasse de forma plena, igualitária e justa com os princípios dos cidadãos brasileiros.

Jandair – Tuxá.

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