MEU DEUS ATÉ QUANDO?
Foi essa a pergunta de dona Maria Muniz Pataxó, aflita com seu Povo, pois não sabia mais o que fazer, quem procurar a quem recorrer para amenizar o sofrimento que estar passando com o seu Povo.
Em muitos anos viu sua vida passar e a peleja sempre foi grande ,Ela imaginou que um dia tudo isso acabaria bem, acreditou com muitas forças que um dia o seu Povo em fim viveria feliz,pensou Ela que depois de tantos anos de massacres as coisas iriam enfim mudar,mudar para melhor, mas vejam só, hoje dona Maria esta com seu Povo sofrendo ainda mais em luta permanente pela VIDA por um pedaço de chão que lhes foi roubado, de onde foram expulsos.
E hoje índios Pataxó sofrem ameaças de morte de posseiros acobertados bem armados e protegidos, só porque os Pataxó querem garantir o que é deles por direito e natureza.

” A gente não escolhe onde nascer, mas quando a gente nasce queremos nosso lugar para morar e é neste lugar que criamos raízes e se elas são cortadas nós somos mortos.”

Não é isso?nascer,crecser e multiplicar?pois cada dia que passa só vejo diminuir, o numero de indios diminui cada vez mais, são mortos a procura de garantir não só o seu espaço mas acima de tudo a sua dignidade, precisam mostrar para seus filhos que apesar de tudo ainda existe AMOR e ESPERANÇA essas crianças consiguirão acreditar que este mundo de injustiças e covardia existirá? ou será que vamos sempre fazer a pergunta de dona Maria, MEU DEUS ATÉ QUANDO?

Cecilia Tumbalalá em apoio aos parentes Pataxó – ESTA LUTA É NOSSA –