Tanawy: Eu queria que o senhor

Tanawy: Eu queria que o senhor cantasse um pouco da sua história desde quando o senhor chegou aqui até hoje?

Manoel Davi: Eu cheguei aqui em 1981 quando eu cheguei aqui só tinha duas pessoas morando aqui na cafurna, em dezembro de 1984 chegou 17 famílias com muita luta aqui na Mata da Cafurna que era uma luta muito grande porque não tinha ainda sobrevivente aqui só mata que é de 117 Equitares o que tinha aqui era só uns pés de bananeira e verduras que a gente plantava ai a gente ficou aqui e entramos nua retomada de EVERALDO GARROTE foi expulso da terra por uma eliminar da justiça só que a eliminar era ilegal recorremos à justiça depois de novo voltamos para terra, depois de um ano entramos em outra retomada abriu espaço mais um pouco continuou já com 36 famílias depois entramos em outra retomada do fazendeiro HELIO DA PORINA em outra eliminar tornamos a sair das terras depois com negociação a FUNAI comprou as terras dele hoje estamos aqui com 86 famílias melhorou, mas um pouco.

Tanawy: Em relação a mata como era antes e hoje?

Manoel; Em relação à mata já estar uma coisa muito deferente. No começo só estava eu e o finado Arlindo e Nina, nós três predominava essa mata, porque quando a gente ouvia o machado bater na mata, a gente ia lá para ver quem era e aí já proibia, essa mata era fechada tudo por tudo, ninguém tirava uma vara, e hoje, com 86 famílias, ninguém predomina da porque vê o machado bater e dize é meu companheiro não vai lá. Às vezes até é gente de fora tirando uma parte da mata. Hoje ela ta muito diferente, ta muito explorada, inclusive, há 22 anos atrás era muito bonito.

Tanawy: Em relação as retomada, quantos indios morreram?

Manoel: Eu não sei quantos morreram, só sei dizer que desapareceram três e teve retomar e brigar entre nós morreu, mas agora os outros eu não sei.

Tanawy: Em relação das brigas das pessoas com os indios antes avia negociação ou já era briga?

Manoel: Os posseiros não tinham negociação com os indios o negocio deles era colocar os indios para fora da retomada, ele fizeram alto público na cidade. Os fazendeiros com os fazendeiros, mas que estava enganado, mas queria tomar as terras deles mais não éramos nós que queríamos o governo federal tomassem providencia com os nossos meio de sobrevivência, os indios não toma terra de mingúem porque ate um palmo de terra que o indios viver é do governo federal.

Tanawy: Em relação à sobrevivência na aldeia como está?

Manoel: Não é uma sobrevivência 100% mais para quem quer trabalhar sobreviver legal. Também porque nós não temos um projeto alto sustentável porque a FUNAI não manda recurso nem um e quando manda é feijão no mês de Outubro e quando plantamos não nasce.

Tanawy: Já em relação à descriminação?

Manoel: Nunca vai acabar, porque temos essa terra, mas não é nossa, nós que somos verdadeiros dono do Brasil, vivemos em patrimônio que não é nosso e sim da UNIÃO.