O fato foi ocorrido no dia 25 de Novembro do corrente ano, por volta das 17h30min, em frente à Delegacia de policia do município de Petrolândia – PE. A vitima diz: “Eu fui avisado para retirar o veiculo que estava estacionado enfrente da delegacia, um caminhão Mercedes que estava carregado de cimento, quando subitamente fui agredido, física e moralmente por um cidadão que fiquei sabendo ser José Airton, escrivão de policia, que se encontrava embriagado e portando uma arma de fogo, e me deu voz de prisão, desferiu-me vários socos e tapas na região da cabeça e do ouvido, encarcerou-me e fizeram eu se despir completamente, expondo-me a grave injuria e constrangimento, numa atitude de total abuso de autoridade, sem que eu pudesse esboças qualquer meio de defesa ou identificação. Eu permaneci detido ilegalmente por mais de uma hora, quando através da intervenção do Popular Zezinho da Cruz, o comerciante dessa cidade, que eu iria entregar a carga, e ai fui liberado e ainda constrangido com outras agressões morais, sendo-me, naquele momento vedado de esboçar qualquer palavra. Por volta das 19:00hs, através da minha irmã, contatei o professor João Ferreira de França Junior, um índio Pankararu que é diretor Geral do CESITA – Centro Interativo de cidadania, Ciências, Cultura e Educação do Sertão do Moxotó e Itaparica. Que mantém assistência ao povo Pankararu e em sua companhia e de outros membros da FUNAI, fui até a delegacia de policia, para registrar a comunicação desse fato, o que de inicio me foi vedado desse direito pelo agente Marcos, por evidente corporativismo, o que só me foi possível faze-lo depois que o professor França Junior telefonou para o Dr. Roberto Fonseca, delegado Circunscricional de Floresta – PE. O que fiz através da comunicação 199/2005.” ( Relato feito pela vitima o índio Pankararu Genildo Ramos Andrade (FOTO)).

As providencias foram as seguintes: Foi solicitada a certidão da comunicação nº 199/2005, à delegacia de policia de Petrolândia – PE foi enviado um oficio ao Ministério Publico do Estado de Pernambuco, solicitando providencia e apuração do fato; Será remetida cópia do oficio a 6ª Câmara da PGF, para jus de apuração como violência e abuso de autoridade.
E para que não seja mais um caso em que o cidadão é vitima por quem o deveria proteger, e que venho a comunicar este fato ao conhecimento do mundo, na certeza de que não ficará impune, e nem esquecido nos gabinetes da burocracia da policia e da justiça. Sobretudo, para encorajar o cidadão comum a reprimir e repudiar toda e qualquer forma de violência, sobretudo aqueles de evidente ato covarde, contra que está trabalhando para honestamente sustentar-se e aos seus filhos. E por elementos de caráter duvidoso, que sob o manto das instituições da sociedade, abusam da autoridade que lhes foi investida pelo estado, e propagam o terror e a violência, abertamente, por sentir-se a cima da sociedade e da lei.

Matéria de Alexandre “Xandão Pankararu” (alexpankararu@yahoo.com.br)