Com mais de 50 anos de idade, ela viu de perto o sofrimento de seus pais que morreram em maus tratos, as perseguições dos fazendeiros ao seu povo e a destruição das matas e rios de sua aldeia pelas mãos dos invasores de terra indigena da região, mas nada disso tirou-lhe a vontade de lutar em beneficio da comunidade para a reconquista de seu território tradicional a qual faz parte.

Ainda jovem viajou por varias vezes à Brasília juntamente com outras lideranças tradicionais em busca de soluções diante da Justiça imediata em favor dos nossos direitos pela posse da terra que tradicionalmente nos pertence, hoje ela faz questão de repassar para outras mulheres e sua família, a importância de sempre lutar pelos ideais sem deixar de lado a resistência e a persistência.
Ainda faz questão de fazer parte de outras organizações dentro da comunidade, como fazer artesanato, remédio medicinal, e na Organização Cultural. Com tanta disposição D. Maura é considerada uma guerreira que sempre defende os interesses dos Pataxó Hã hã hãe, além de ser uma Conselheira que transmite seus conhecimentos aos mais jovens, dando assim esperança e brilho à aqueles que acham que tudo é difícil e que tudo está perdido.