O Mato Grosso do Sul, é um estado abastecido praticamente pela agropecuária, produções, como a produção de cana-de-açúcar, com isso toda influência econômica gira em torno destes setores, inclusive os meios de comunicação.

As comunidades indígenas como vão de contra-posto com o desenvolvimento, segundo muitos latifundiários, fazendeiros e até alguns governantes, tornou-se alvo da mídia local. A todo o momento a comunidade é bombardeada com noticias sensacionalistas, onde na maioria das vezes as informações são distorcidas de forma brusca e muitas vezes até ofensivas para toda a comunidade de forma generalizada.
Um dos exemplos mais críticas do estado temos a situação do Município de Dourados, região de vastos problemas envolvendo a comunidade indígena das aldeias da Reserva, sendo consideradas por muitos analistas, como uma das mais críticas do país sob a perspectivas dos Direitos Humanos.
Nesta mesma região, houve época em que foram espalhados cartazes pelo centros da cidade, onde se dizia “Demarcação não, Produção sim”, sem falar que neste mesmo período o meio televisivo intitulou um comercial, colocando os indígenas como incapazes de pensarem por si mesmos, onde todo o alarde da demarcação seria provocado por por outros órgãos que os induziu a praticar tal reação. Tudo isso fez com que a população desta região só fomentassem ainda mais o pré-conceito e o despreso pela comunidade indígena.Infelismente a maioria da imprensa da região não é séria, pois se fosse não agiria de tal forma, segregando ainda mais grupos marginalizados como a comunidade indígena.
O sensacionalismo é posto em tudo, em se tratando de indígenas, e os meios são todos jornais impressos, internet, via rádio etc. Um exemplo desse sensacionalismo foi o fato que ocorreu na aldeia de Dourados, uma briga que resultou na amputação de parte da orelha de uma indígena, provocada por mordida de outra indígena, isso fez comunicação que o jornal impresso da região criasse em seu Editorial uma Chamada de Carnibalismo, sendo que aquilo era um fato isolado e também suas averiguações pouco foi contado pelo jornal.
Infelismente a “Imprensa Suja” esta em todo lugar, mas se sabe também que existem meios alternativos de denunciá-los e contar com mecanismos sérios na luta pelos direitos de grupos segregados, assim como a AJI/GAPK-Ação dos Jovens Indígenas,Grupo de apoio aos Povos Guarani Kaiowá em MS, e a Rede Indios Online, com seus querreiros e querreiras Cyber Ativistas.

Graciela Guarani