Esta matéria é uma homenagem aos todos os índios guerreiros.

Desde tempos imemoriais, em todos os continentes, em milhares de culturas, muitas mulheres e homens vem buscando o melhor para si e o melhor para seus irmãos e para a Mãe Terra.

Atualmente, muitas mulheres e homens esqueceram de que todos juntos somos um, de que somos todos irmãos, de que a Terra é nossa Mãe… Essas pessoas fazem as guerras, essas pessoas buscam dominar outras pessoas em prol de seus benefícios…

Afortunadamente muitas mulheres e homens não só não esqueceram, mas também fazem de suas vidas uma pratica cotidiana de buscar melhorar. Em forma cotidiana, rezam, oram, cantam, dançam, plantam, cuidam de suas famílias, cuidam das águas, dos animais… Essa forma de viver com respeito, de vibrar na harmonia, de ser belos esta muito presente em muitos índios.

Os índios de hoje, após de 500 anos de milhares de formas diferentes de opressão, continuam a viver, a acreditar na liberdade, na solidariedade, na união… Continuam a dançar, a cantar e a lutar por essa vida melhor para todos.

Essas guerreiras e esses guerreiros, que resistem, que perpetuam suas sabedorias, que cultivam a beleza de suas tradições, que ritmam com a musica de Deus, hoje usam diversas formas.

A conquista da leitura possibilitou ler as leis, a conquista da escritura possibilitou escrever também as leis, assinar os convênios. O dialogo com os outros, o aprender a sabedorias dos outros foi e é uma forma de lutar, de sobreviver, de querer viver cada dia com mais justiça e amor.

A conquista da Internet é mais que a leitura, que a escrita, que o dialogo com os outros… É a forma atualmente possível de quebrar os paradigmas das três dimensões, é a libertação, é a expansão na quarta dimensão, porque a Internet coloca no mesmo instante presente varias pessoas que estão em lugares distantes e produz a força de um Encontro, permite a soma das consciências.
Esta habilidade de viajar e de ser na quarta dimensão era já conhecida pelos índios… Estar presente em dois ou vários lugares, conversar a distancia… Ainda hoje, os índios são os mestres de todas as dimensões… O homem “branco” nunca aprendeu a fazer chover, porem a pureza, a fé, a sincronicidade dos índios com Deus faz tudo.

No dia a dia, cada índio guerreiro tem suas provações… tem que exercitar a paciência, a tolerância, tem que superar o racismo, o desrespeito, a descriminação… Cada dia tem a luta pela sua comunidade, pela terra, pela saúde, pela educação… São milhares de lutas superpostas, muitos difíceis, porem para quem tem fé em Deus todo é possível.

Muitas vezes para fazer chover os índios fazem uma corrente, dançam em circulo, se unem nas vozes, no pensamento, na oração…

Eu honro e agradeço por podermos partilhar estas visões.

Eu proponho aqui e agora fazermos nossa corrente, para vencer uma de nossas batalhas… acredito que muito mais fácil que recuperar uma terra ou que fazer chover… uma batalha simples, uma prova, um teste de nossa união, de nossa fé.
Eu proponho que todos escrevamos, cada um a sua carta, cada um a sua voz, o seu grito de guerra. Contar como tem esperado esse recurso da bolsa, contar quantas vezes foi ao banco, quantos documentos foram preciso fazer, as dividas que tomou, as necesidades que tem, o trabalho que já fez e vem fazendo… Eu particularmente acredito que se cada um de nos faz a sua parte, faremos juntos com que as bolsas das 43 pessoas inscritas em nosso projeto cheguem.

Lembrem quantas guerreiras e guerreiros morreram na sua nação para ser o que ela é hoje; lembrem de quantas lutas, sacrificios e esforços foram necesarios para vocês estarem aqui. Lembremos também que cada um de nós têm o seu poder divino, o poder de ser co-criador da realidade.

Muitos de vocês já escreveram suas cartas uma ou varias vezes; como vocês sabem eu já tenho escrito muitas também. Mas, quantos anos demorou o seu povo para conquistar o que é seu…
Outros podem prometer, mas cabe a cada um de nós sair e fazer acontecer.

Como diz Manoel Gonzaga Tumbalalá, eu tenho fé em Deus, mas não fico de braços cruzados, eu saio tudo dia cedinho para pescar. E pelo meu esforço e pela fé que eu tenho nunca passei fome.

Então, eu enviarei o primeiro e-mail, cada um de vocês têm que clikar em RESPONDER A TODOS, e ali dizer quem você é, escrever seus sentimentos, reivindicar a sua bolsa e ou a bolsa de seus irmaos! No campo assunto é preciso que cada um bote um título, de preferência com seu nome e ou com a palavra Índios On-Line! Assim nós iremos fortalecendo na união ate vencer! Quando as bolsas chegarem veremos que foi o que cada um de nos fez para isso acontecer. E me lembro agora uma grande lição que Lazaro Kiriri me passou, e que muitos índios levam na pratica… Quando recuperada à nossa terra, ela será para usufruto daqueles que lutaram por ela. Quando recebermos as bolsas, os índios que participaram ativamente no projeto decidirão o destino desse recurso.

Junto!
Sebastian