Tanawy: Dona Marlene eu queria que a senhora

Tanawy: Dona Marlene eu queria que a senhora contasse um pouco da história desde quando a senhora chegou aqui na aldeia Mata da Cafurna?

Marlene: Isso foi em 1979 que foi a retomada da nossa mata, mas quando eu cheguei aqui os nossos parentes foi para a aldeia Fazenda Canto e aqui só ficou se encontrando duas famílias que era o meu pai e seu José vermelho tinha um ranchinho aqui e tinha outro no lugar onde se encontra minha casa e eu e meus três filhos ficamos alojado na grota ai a grota muito fria e morreu dois filhos meus foi triste por isso mas o meu parente vendo que eu ia sofrer muito na grota e mim doou este local onde eu vivo hoje.

Tanawy: Antes quando os indios adoeciam o que era que eles faziam?

Marlene: Tomava-nos remédio do mato, como sambaquaita que é um antibiótico muito bom, serve para gastrite, ucera e outras doenças.

Tanawy: A senhora tem uma base de quantos indios morreu na retomada?

Marlene: Foi três indios e branco nem um, teve de nossos parentes que sumiu mingúem viu mingúem deu roteiro então com certeza eles já vinham para nos destruir.

Tanawy: Em relação o desmatamento como é que a senhora se encontra?

Marlene: Antes era muito preservada a nossa reserva muito bonita, mas hoje se encontra destruída é triste, porque tem local que a gente chega que ta como se fosse um campo, pessoas que chega para tirar o seu pau de lenha fazem uma brota para poder botar a lenha no seu animal é por isso que está péssimo está triste.

Tanawy: Em relação à sobrevivência na aldeia?

Marlene: Uma parte trabalha em roça outra em artesanato a nossa sobrevivência é essa.

Marlene Leonardo Gomes.

Tanawy Thybiriça 16 anos