A liberdade de viver, conhecer o mundo que nos rodeia, seguindo o ritmo natural do tempo, sem pressa, faz nosso modo de ser um povo feliz. Na educação e ensino do branco passamos a vida inteira estudando, após concluir o curso gastamos todo o tempo procurando trabalho, empregado ficamos preso as dívidas para pagar o apartamento até o fim da vida.Construiram uma cultura de competição, exploração total dos recursos naturais para acumular riquezas. O acerso ao conhecimento só para aqueles que tem um maior poder aquisitivo, estudando nas melhores universidades, aos pobres colocam barreiras burocráticas para impedir seu desenvolvimento Este sistema não nos interessa, porque compromete nosso viver, o índio no Brasil nesta ordem não vive, apenas sobrevive. A educação tradicional indígena na tribo cada pessoa sabia o que ia seguir, ser um pescador, caçador, pajé, cacique, construtor de maloca, de canoa, artesão, tecelão, pintor corporal, músico, cantor de toré em mais de 400 áreas do conhecimento no mínimo, que compõe a arte, cultura e ciências dos antigos. Nosa comunidade funcionas como um corpo coletivo, todas partes desse Índio Gigante são importantes como um todo, para esse ser enorme sobreviver todas as partes tem de trabalhar de forma harmônica pela vida. Façamos uma união para salvação do planeta terra, nós com cultura ambiental solidária e vocês de outros povos civilizados com os conhecimentos científicos, tecnologia para o bem da humanidade. Nosso ensino todo mundo tem acesso, desde a mais tenra idade, o Ancião é Doutorado, o Adulto Mestrado, a paisagem o livro vivo, pássaros voam no céu, os peixes nadam no rio, as chuvas são de verdade. Moramos no Campus do conhecimento, as crianças aprendem brincando, fazem brinquedos, um prática dos objetos reais, que serão utilizados no cotidiano tribal. Ninguém é obrigado seguir uma determinada carreira, a vocação diz o caminho do existir, cada um fica responsável do corpo coletivo vivo, só sobrevivemos como povo se agir-mos em sociedade. A floresta dar de tudo, que a gente necessita, o alimento, o transporte, a casa, o trabalho e o lazer, é como um supermercado ( ShopingCenter), tiramos frutas das árvores, mel das colméias, peixes dos rios, caças dos campos, a terra para plantar, os nossos direitos são equilibrados com os deveres. Quando alguém precisa de casa, a comunidade se reúnem, faz logo um mutirão, em um dia levantamos o lar tão sonhado, para plantar uma roça, formamos grupos de entre – ajuda, homens cavam a terra, mulheres colocam os grãos no chão, outras cozinham o alimento para sustentar a multidão. A terra é de todos, a comunidade em geral tem o que fazer, tem uma arte ou profissão,não há desempregados garantido pelo sistema tradicional, trabalhamos o necessário que o corpo pode agüentar, não passamos dias e noites além para ficar rico. O que faz a pessoa adoecer é ir além dos limites, comprometendo nossas energias, um esgotamento físico e mental, tentando ajuntar riquezas, que na morte não vamos levar. Com o capitalismo feroz, destruímos as fontes naturais, comprometemos as futuras gerações, a terra é dividida, quem tem dinheiro compra tudo, nascem os primeiros pobres da humanidade. Agora o equilíbrio estar ameaçado, tomaram as terras indígenas, derrubaram as florestas nativas, o planeta corre risco, devemos cuidar do mundo, façamos leis do equilíbrio, uma educação de todos, saúde um direito sagrado, acesso ao trabalho, com justiça social. Vamos democratizar as instituições, retirando o empecilho da burocracia, organizar os interesses pessoais, coletivos e privados, dos humanos, da terra, dos animais, dos vegetais, do meio ambiente. Nhenety Kariri-Xocó.