Já carreguei muito índio nos braços

Já carreguei muito índio nos braços, nas costas. Fazia parto dentro de casa, no Ouricuri, no mato, e até hoje, graça a Deus, não morreu nenhuma criança, nenhuma mulher nas minhas mãos. Nem infecções, pois a gente usa os remédios do mato. Depois que eu comecei a trabalhar na aldeia, chegaram pessoas de fora, com conhecimentos novos e pude aprender um pouco com elas.

Trabalhei muitos anos como enfermeira em Porto Real do Colégio e também em outras tribos. E continuo o meu trabalho.

Todos os tipos de trabalho de parto eu faço. Com meu conhecimento e ciências de nossa cultura. Por isso me sinto muito feliz e realizada por minha cultura e meus costumes.