A comissão nacional de política indigenista ao que tudo indica está na iminência de se transformar  no Conselho Nacional de Políticas Indigenistas. Sem dúvida,um avanço no âmbito do processo democrático no encaminhamento,  nos debates , e na  análise dos  assuntos atinentes aos povos e a diversidade indígena do nosso país. Um conselho que abriga um conjunto de participações da sociedade brasileira sobre os assuntos indígenas, isto é, participa dele, como vocês sabem, representantes dos governos federal, estadual,municipal  e das organizações não governamentais e povos e organizações indígenas de várias regiões do Brasil. É um verdadeiro congresso nacional para um assunto específico, mas que tem repercussão nacional e internacional. Assim, não devemos esquecer que tudo isto está acontecendo graças ao movimento indígena organizado e a luta incansável de nossos “guerreiros de caneta”, são os nossos companheiros e irmãos indígenas  que hoje estão à frente das organizações indígenas reconhecidas. Quero lembrar, ainda, aos companheiros e os irmãos indígenas do Movimento Indígena Nacional que, no processo de escolha de representantes para integrar o CNPI, devemos exigir do governo, no caso a FUNAI e o Mistério da Justiça, que procedam amplo processo de consulta nas aldeias e regiões para que o eventual candidato ou nome escolhido seja conhecido e reconhecido pela maioria e tenha um certo grau de consenso. Poderia ser até um processo de votação, para propiciar a participação e o fortalecimento do Movimento Indígena como um todo.

Taukane, Estevão Carlos –Estudante de Filosofia da UFMT/Bakairi e Fundador da União das Nações Indígenas –UNI/Brasil.