Como nós divulgamos aqui nos indiosonline há algum tempo. Nós estudantes indigenas da UnB, conseguimos com apoio de muitas pessoas, mas principalmente da união dos estudantes, o nosso Centro de Convivência Indígena-MALOCA UNB.

O projeto foi apresentado nesta quarta dia 21\109 pelo Centro de Planejamento da UNB- CEPLAN.

O recurso para construção é de aproximadamente R$ 600,000,00 reais. O MALOCA  não se resume a um espaço  para os alunos, mas sim para a aproximação do movimento indígena do Brasil na Universidade. Isso também serve como incentivo para outras universidade do país.

A UNB será a pioneira a realizar esse projeto, como foi divulgado em seu portal:

Indígenas terão centro de convivência

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Imagem projetada pelos arquitetos do CEPLAN.

UnB será pioneira na criação do espaço, que ficará pronto até outubro de 2010. Ideia é valorizar a cultura e apoiar alunos
João Campos – Da Secretaria de Comunicação da UnB

 

A Universidade de Brasília será a primeira instituição de ensino superior do Brasil a ter um centro de convivência para a comunidade acadêmica indígena. As obras para a construção da Maloca, como os alunos batizaram o lugar, começam em março de 2010 e devem terminar em outubro. Em reunião com representantes dos estudantes e da Reitoria, o plano arquitetônico apresentado pelo Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan) – responsável pelas construções nos campi – foi aprovado esta semana. Com a verba assegurada, a licitação será feita imediatamente.

O centro de convivência terá formato circular, semelhante a uma oca, e contará com cinco salas de estudo, laboratório de informática, arena para manifestações culturais, copa e banheiros. “O espaço vai nos unir e permitir que a gente traga um pouco de nossa cultura para a universidade. É uma necessidade grande do nosso grupo”, afirmou Tanielson Poran, estudante de Engenharia Florestal e presidente da Associação dos Acadêmicos Indígenas do Distrito Federal (AAI/DF). “O projeto ficou lindo, do jeito que a gente queria”, comemorou.

O prédio será feito de madeira e terá dois pavimentos. Ficará próximo ao Centro de Convivência Negra da UnB, ao lado do posto de gasolina do campus do Plano Piloto. Segundo o professor Alberto de Faria, diretor do Ceplan, o Decanato de Assuntos Financeiros (DAF) já liberou os R$ 600 mil que serão usados na concretização do projeto. “Em um ano o centro estará pronto”, garantiu. “Buscamos projetar um lugar que atenda às necessidades básicas do grupo e proporcione melhor integração dos indígenas com a universidade”, comentou o professor e arquiteto.

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Imagem projetada pelos arquitetos do CEPLAN.

REFORÇO – A assessora de Diversidade da UnB, Deborah Santos, ressalta a importância da Maloca para o desenvolvimento acadêmico dos alunos. “Por virem de uma realidade diferente, em muitos casos há um choque cultural que dificulta a integração com a comunidade e a absorção do conteúdo em sala de aula. Nesse espaço, pioneiro no país, eles poderão ter aulas de reforço e acompanhamento pedagógico adequado”, comentou.

A professora ressalta a mobilização dos alunos para conquistar o espaço. “Apesar de o convênio (com a Funai) ter começado em 2004, até pouco tempo eles não tinham uma sala sequer. O centro é a realização de um sonho”, garante.

Segundo informações da AAI/DF, há outras universidades que dispõem de espaços dedicados aos indígenas, como a UFG e a UFMG. “Em todas, esse lugar se resume a uma sala. Na UnB, teremos um edifício inteiro para receber e valorizar a nossa cultura. Queremos que o espaço seja de todos, por meio da troca de experiências com toda a comunidade”, comentou Antônio Kaimbé. 

Fonte:  UnB Agência

http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=2510

Equipe:

Luiz Tukano

Tanielson-PORAN

Antônio Kaimbé