Os povos indígenas de Pernambuco e Bahia:

Tumbalalá, Truká, Pankararu, Atikum, Kambiwá, Kapinawá, Pipipã, Pankará e Xukuru.
Reunidos na aldeia Caatinguinha Povo Truká em Cabrobó-PE, por ocasião da oficina carteira indígena, Programa do Ministério do Meio Ambiente e Ministério do Desenvolvimento Social, entre os dias 23 a 25 de setembro de 2004.Estando presente às organizações indígenas: COPIPE e APOINME e as organizações não Indígenas:ANAI e SIMI e os órgãos governamentais FUNAI e FUNASA.
A discursão do projeto Carteira Indígena e PRONAF, é de suma importância para o desenvolvimento sustentável dos povos indígenas sendo uma reivindicação dos povos indígenas com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do desenvolvimento social; os temas debatidos durante a reunião levaram os índios a levantarem problemas que impediam o desenvolvimento sustentável desses povos.
Desta forma gostaríamos de abordar alguns problemas que prejudicam e até impedem a execução dos referidos projetos nas áreas:
1- Descriminação e Racismo por parte do Banco do Brasil, onde diz que não vai investir dinheiro nas áreas indígenas por que tínhamos que ter uma avalista que seria a FUNAI e o BANCO, ele não tinha como fiscalizar esse dinheiro alegando ter ouvido falar que os índios teriam proibido a entrada dos fiscais, exemplos do povo Truká ilha da Assunção.
2- Os Tumbalalá sofreram a mesma discriminação quando se dirigiram a uma reunião promovida pelo banco do Nordeste onde orientaram os índio Tumbalalá, deveriam tirar seus colares, pulseiras e demais trajes porque o banco não emprestaria dinheiro ao índio.
3- Percebemos pelos vários relatos aqui citados que essa prática abusiva se repete com todos os povos indígenas, Bancos e Agências financiadoras contra os povos indígenas.

Fazemos uma critica ao PRONAF a forma de como o Baco vem liberando o dinheiro, impondo que seja aplicado em determinados produtos e na maioria das vezes a compra desse produto é feita pelo próprio banco.
Como exemplo: Obrigando a ser comprados bodes e vacas e etc,sem consultar o desejo dos próprios índios .
Que essas oficinas derem continuidade para que as próprias lideranças e comunidades sejam capazes de fazerem seus próprios projetos e um acompanhamento técnico na prestação, e que todo e qualquer projeto seja discutido com as comunidades indígenas e suas lideranças,no desenvolvimento do projeto e lembrando que todo e qualquer projeto tem que ser avaliado e discutido nas comunidades indígenas.

Carta feita pelas etinias indígenas aqui sitadas.