Pataxó Hãhãhãe cansados de espera da justiça se unem para barrar a entrada de pistoleiros na reserva indígena de Água Vermelha.”

 

No dia 16 de Dezembro do ano passado, o fazendeiro Gilberto Alves Brito, acompanhado de vários homens fortemente armados, tiveram na fazenda onde estava morando a mais de 1 ano famílias indígenas. Por volta das 3 horas madrugada, invadiram fazendo refém as mulheres e crianças indígenas, no local estavam 4 índios, que foi torturados e agredidos fisicamente e psicologicamente. Onde eram espancados e suas esposas e filhas assistiam de joelhos. Graças a Tupã que não aconteceu óbitos, mas os índios ficaram com muitas seqüelas tipo: braços e cabeças feridas e quebradas, a arcada dentaria quebrada, lança através de vômitos sangues devido as porrada nos peitos e nos rins tomaram que chegou até fazer xixi com sangue… Além dos traumas. A ousadia dos fazendeiros não acabou no dia 16… eles expulsaram os índios da terras, pegaram todos os seus pertences quebraram e colocaram fogo. Tinha uma índia gestante que perdeu todo o seu enxoval, sendo que no dia 14 de janeiros de 2010 nasce Ruan Pataxó, sem o enxoval que os seus pais compraram com muito sacrifício e carinho. Índios Pataxó Hãhãhãe, indignados com a lerdeza da justiça, resolveram se unir para montar uma Barreira(guarita), na estrada de Água Vermelha (área indígena) que liga ao município de Pau Brasil – Bahia. Essa estrada era por aonde os pistoleiro vinham trafegando, exibindo as suas armas e desacatando os índios que moram a margem da estrada. Todas essas questões as lideranças tem levado ao conhecimento do Ministério Publico Federal (Ilhéus), mas infelizmente até o presente momento não ouve nenhuma ação da justiça aponto de desarmar os pistoleiros, impedi-lo de trafegar em nossas terras e também tira-los da nossa terra. O fazendeiro Gilberto Brito, assinou uma carta autorizando os índios ocupar essa terra. que hoje eles invadiram colocando os índios para fora. Segundo alguns relatos de lideranças Pataxó Hãhãhãe – “ os fazendeiro Gilberto Alves Brito, não está só, ele está tendo apoio de Jaime do Amor, Durval Santana, Marcos Vinícius (Marcão) e Paulo Leite, ambos tem grande propriedades na nossa terra, e ainda mantém o costumes do colonialismos, o Marcão perdeu a sua terra no anos de 1997, mas fica sempre tentando nos prejudicar com ameaças.” Comenta uma índia Pataxó – “em 2005, quando a justiça favoreceu aos latifundiários para tira nós da terra, veio mais de 150 agentes da policia federal tira nós da terra, aqui encontraram nós trabalhando, ou seja, plantando para nós comer. Acharam poucos os números de policiais enviaram dois helicópteros para auxiliar… Já para combater os pistoleiros, eles mandam avisar antes… e quando vem utilizam de uma sirene, acreditamos que já são uns avisos para os pistoleiros correrem, para dizer que eles estão fazendo o seu trabalho. E quando vem mexer com fazendeiro vem apenas 4 agentes federais. È a policia faz de conta, só agem quando é contra o índios, para os fazendeiros eles coberta. Aqui a situação da comunidade é muito seria, quando nós índios partimos para a luta pesada sofremos muito. Os índios que estão na barreira se alimentam pouco, a água é poluída. O que nos mantém forte é a nossa fome de justiça, e o orgulho de lutarmos pela a dignidade do nosso povo. Aqui na nossa aldeia nunca matamos um fazendeiro, já os fazendeiros já mataram 23 índios entre eles grande lideranças Pataxó Hãhãhãe. Aqui os vilões recebem nome de vítimas, já nós coitados que somos as vítimas recebemos os nomes de vilões.

Até quando vamos viver prisioneiros em nossas próprias terras.

Desabafo do povo Pataxó Hãhãhãe