O índio Pankararu Jair Celestino de Barros, 20 anos, que tinha saído de seu povo, para trabalhar em São Paulo, pois entre os seis filhos, do Senhor Celestino Abílio e Dona Maria do Carmo Barros, ele era o mais velho, e por sua família não possuir nenhuma renda financeira, e o seu pai estar muito doente, a única solução encontrada no momento foi dele, ir para São Paulo.
Mesmo contra a vontade de sua mãe, Jair foi assim mesmo, com um sonho de resolver seus problemas financeiros de sua família, e realmente quando chegou, ao seu destino ele logo começou a trabalhar, e a ajudar sua família que deixou em Pankararu.
E quando ele achava que tudo estava indo bem, aconteceu uma tragédia, ao retornar do seu trabalho para sua casa, no Real Parque, zona sul de São Paulo, no dia 25 de julho de 1994, por volta das 20:00hs, ele foi assassinado com vários tiros, em frente a sua casa. Segundo testemunha, ele foi confundido com outra pessoa.
E nesse dia 25 de julho de 2006, faz doze anos de seu assassinato, e nada foi esclarecido, e nem os culpados foram punidos.
Então fica uma pergunta no ar, de quem é a responsabilidade pela segurança de um índio, que sai de seu povo para procurar um meio de sustentabilidade, em outro local sem ser o de origem. Pois o órgão governamental, que de fato é de proteção ao índio FUNAI, nada fez perante a esse caso, e pelo o contrario o administrador da FUNAI Recife, na época o Senhor Petrônio, tentou criminalizar a vitima na época, dizendo então que Jair, tinha ido para São Paulo fugido, por ter cometido algum crime em seu povo.
Então até hoje, a família de Jair não cansa em busca de justiça, mas se a FUNAI não se responsabiliza pelos índios, então quem é de fato responsável.

Ana do Carmo Pankararu
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