Os índios Kariri-Xocó foram catequizados por jesuítas no início da colonização, obsolvendo muitos da cultura cristã, costumes, religião introduzida a força. Passou o período colonial, imperial , estamos na república, mas ficou muitos dos ensinamentos cristãos. As mulheres indígenas, desenvolveram uma atividade de fé, nos santos católicos, aprenderam rezas e orações, para resolverem os problemas de doenças de família e afins. Os brancos da cidade, recorria as rezadeiras indígenas para curar suas doenças, usura, olho-grande, inveja e outros problemas. Entre as resadeiras que mais se destacaram na resa, reconhecida na região, foi a Velha Iría, Marieta. Começava a rezar com um ” Pai-Nosso, Ave Maria, Santa Maria,continuando com um Credo “. Pegavam um ramo de mato ” Vassourinha”, rezava no enfermo, recomendando aos santos: Santo Antônio, Padre Cícero, S. Pedro, S. Paulo, Santo Heleno, Maria Santíssima e Jesus Cristo. Na reza mandava as doenças para o ” Mar Salgado”, deixando o doente mais tranqüilo. As resadeiras não cobram dinheiro pelos seus serviços, por rezar é um dom de Deus, a pessoa que foi curada sempre agrada á elas, por sua própria iniciativa. Para a aldeia vem pessoas do interior do município, e de outras cidades procurar as rezadeiras Kariri-Xocó. Morreram várias resadeiras velhas; Marieta, Iría, Roselita, Mãe Nenê e Maria Véia. Atualmente temos homens e mulheres resadeiras e rezadores. Entre os rezadores: Candará, Kenedy, Frederico, Antônio Couca, Juarez, Antônio Cruz etc. As mulheres resadeiras : Vânia Lúcia, Rosa, e a maioria das mulheres indígenas, são muitas. Nhenety Kariri-Xocó.