A Pobreza e a falta de políticas públicas entre eles chagam a ser lamentável no ponto de vista humano.

Por: Edmundo Santos

De uma População no total: 19.715 índios Baianos mais da metade vivem em estado avançado de pobreza. Os povos: Arikosé, Pankararú, Atikum, Pataxó, Botocudo, Kaimbé, Tupinambá, Kantaruré, Xucuru-Karirí, vivem em total abandono, isso é o que mostra alguns levantamentos, feito por alguns parceiros da causa indígena. Não são números oficiais do Governo mesmo porque o sistema não se preocupa em fazer nem uma pesquisa com esses povos. Uma vez que eles significam pouco ou quase nada. Se a vida é difícil na comunhão nacional imagine viver dentro de uma aldeia indígena onde a cidadania é uma palavra que só se ouve quando se liga o Rádio ou de quatro em quatro anos quando aparecem alguns aproveitadores políticos dizendo que se eleitos forem irão lutar para que os índios tenham cidadania.
Dentro das aldeias pessoas estão morrendo de doenças primitivas como um caso
de uma criança que veio a óbito por excesso de verminose. Esse é o nosso país onde quem era dono de tudo hoje vivem a beira da marginalidade sem ter onde morar, trabalhar e nem estudar e ainda vive discriminado pelos setores da sociedade nacional.

Todos nós somos sabedores que Há mais de 506 anos os povos indígenas convivem com o descaso, o preconceito, a violação de seus direitos, as chacinas, as discriminações étnicas, culturais e a ausência de políticas públicas por parte dos governos. Os problemas são inúmeros: na educação, saúde, demarcações territoriais, transportes, moradia, alimentação, saneamento básico e as multinacionais da celulose que se tornou um problema sério para os indígenas. Hoje as terras indígenas estão sendo invadidas
para se plantar eucalipto. Principalmente aqui no Ex. Sul da Bahia.
As faltas de políticas públicas, a favor dos índios levaram os mesmos a um estado de empobrecimento crônico. Sem a política correta do governo mais da metade dos povos indígenas passam por privação alimentar. A FUNAI que foi criada em 1967 para trabalhar a sustentabilidade dos índios nada faz pelos os mesmos. Em parceria com IBAMA e a Flora Brasil montaram uma quadrilha para roubar e lesar os povos indígenas no Extremo Sul da Bahia. Movimentam quantia exorbitante em recursos para aplicar nas aldeias dinheiro esse que nunca aparece para melhorar a vida das comunidades. Enquanto isso os povos indígenas continuam cada vez mais pobres e miseráveis.
Vamos da uma olhada nos números nacionais numa pesquisa feita pelo UNICEFE e
o IBGE. Segunda a pesquisa : Os mais afetados com esses descasos são as crianças e adolescentes.
Segundo dados do UNICEF e o IBGE, vivem no Brasil 286,686 crianças e adolescentes indígenas, cerca de 45% desses meninos e meninas estão em situação de pobreza e metade deles não tem acesso à água potável.
Cerca de 21% dos meninos e meninas indígenas entre 7 e 14 anos não tem garantia de educação.
71,4% das crianças indígenas vivem em família que tem uma renda perca pita
de até meio salário mínimo por mês. Isso que dizer que esses indivíduos
passam o dia com menos de um real diário. Lamentável. Veja os números da
situação indígenas.
• 71% DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES INDÍGENAS VIVEM EM SITUAÇÃO DE POBREZA.
• 50% DELES NÃO TÊM ACESSO À ÁGUA TRATADA.
• 21% DOS MENINOS E MENINAS INDÍGENAS ENTRE 7 E 14 ANOS ESTÃO FORA DA ESCOLA.
• 15% DAQUELAS COM IDADE ENTRE 10 E 15 ANOS SÃO
ANALFABETOS.
• 13% DAS CRIANÇAS INDÍGENAS TRABALHAM.

É, a situação é vergonhosa e cruel. Cabe a cada índio lutar dia e noite, para reverter essa Situação cruel e escabrosa. Para mudar esses números perversos vai exigir de cada um indígena muita aplicabilidade e luta. Precisamos dar as nossas vidas se necessário for para mudar esse quadro de humilhação e perversidade contra os povos indígenas. Estude e muito, caros irmãos para darmos as nossas comunidades uma educação de qualidade, e quem sabe em um curtos períodos de tempo, possam bater no peito e dizemos: somos livres, verdadeiramente.

Edmundo Santos é membro da COEDIN (Comissão de Educadores Indígenas e
militante da Frente de Resistência e Luta Pataxó). Conaferd@hotmail.com