O costume de tomar bebidas alcoólicas é antigo, ainda mais por ser uma droga “legalizada”. Porém, de acordo com o art. 58,lei 6.001/73, da Legislação Indigenista Brasileira e Normas Correlatas, constituem crime contra os índios e a cultura indígena propiciar por qualquer meio a aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas nos grupos tribais ou entre índios não integrados, sujeito a pena de seis meses a dois anos. Como não há acompanhamento nem fiscalização por parte dos órgãos competentes essa violência sócio-cultural vem ganhando grande espaço.
As bebidas, geralmente, são consumidas por razões de caráter social ou simplesmente por prazer e quando se perde o controle sobre o álcool, se perde também a capacidade de escolher entre beber e não beber. Entre as principais conseqüências estão os acidentes, a violência, lares desfeitos, problemas graves de saúde, alterações no organismo e no comportamento das pessoas, e a pior delas, a morte.
Pankararu conta (aproximadamente) 6.000 indígenas, desses 3.200 são jovens de 12 a 19 anos, e é nessa fase que se inicia e se intensifica o contato e a dependência dessa droga, o álcool.
Proibir não é a solução, o mais importante é conscientizar o usuário dos malefícios que o abuso do álcool provoca. Assim sendo, a comunidade se organiza se fortalece e se une cada dia mais para garantir a valorização da cultura indígena.

ACORDA MEU POVO, VAMOS TER DESEJO DE VIDA!

Luana Bárbara Pankararu
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