O tempo corre como o vento do inicio de uma grande tempestade nesta contemporaneidade,que muitas vezes traz escuridão à claridade do sol ,que se esconde timidamente atrás das nuvens cinzas.

O que vejo, cada vez mais ,são os parentes aprendendo com a outra sociedade a negar sua identidade e muitas vezes a ficar contra seus próprios semelhantes.Dentro de nos ,temos duas sementes ,quando falamos,pensamos e sonhamos; espalhamos sementes pela vida.
Não plantem ,parentes ,sementes de discórdia ,porque um abaeté(‘’homem de valor’’),precisa de ecoeté(”coragem”),muita paz em seu coração e o sentimento de união.
Não da guerra,nem do ódio, nem magoa,embora também aquilo que nos faz mal e nos deixe ”doentes”,faça parte também do que somos.
Para se lutar por justiça e direitos principalmente humanos,se faz necessário ser antes de tudo também humano,’’ser humano verdadeiro’’ em contato realmente direto com suas raízes e sua essência.

Como vamos lutar por respeito, desrespeitando outros seres vivos ?

Viver no meio urbano para muitos de nos é difícil ,nem todos conseguem resistir a força da hegemonia.
Todos sabemos que o sistema de valores e crenças da outra sociedade, o ‘’espírito do capital’’(dinheiro),influencia grande parte do mundo fora e hoje dentro de nossas comunidades.
Nos enchendo muitas vezes de preconceitos que não nos levam a lugar nenhum.
Aonde o que se aprende na comunidade é esquecido,sufocado e o
respeito a outro ser vivo independente da cultura daquele semelhante,etnia ou espécie(animal ou vegetal)também é ”abalado”.

É preciso muita organização,união e equilibrio,para que isso não enfraqueça o compromisso que cada povo tem com sua cultura.

Pode-se assim dizer, que a maioria dos conflitos e obstáculos que encontramos, são a manifestação concreta do choque entre culturas,crenças etc,porem acima de tudo a força hegemônica que a outra sociedade exerce, atropela sentimentos, filosofias e tudo que não faz parte do “espírito capital’’, que a movimenta .

Dizer não a certas coisas que muitas vezes somos “violentados” a dizer sim,é acima de tudo posicionar-se hegemonicamente em compromisso com a cultura de nossos povos.

Aracy Tupinambá – Niterói/RJ
renata.machado.rj@gmail.com