Entre os dias 19 e 20 de Julho de 2008, estavam presente mais de 1300 pessoas no Encontro, inclusive os indígenas Pankararu (Edcarlos, Irene e Valdice), Funi-ô (Aba, Flavia e Keyse), Guarani Nhandewa (Emerson). Marcaram presença na CEB´s em Campinas – SP, onde foi realizado o encontro das Comunidades Eclesiais de Base do Estado de São Paulo em defesa dos ecossistemas do nosso Estado, o qual participamos das oficinas de Reciclagem, Cuidado com o Solo Urbano, Águas e Matas Ciliares, Sustentabilidade Alimentar, Saneamento Ambiental e Reforma Agrária.

Não podíamos deixar de participar uma vez que os ecossistemas fazem parte da vida indígena e da sociedade. No entanto a sociedade na sua maior parte não está nem ai para essa questão, a qual valorizamos desde os primórdios, pois esses é um dos nossos marco da nossa caminhada.
Até que fomos bem recepcionados pelas famílias acolhedoras de Campinas, eles ficaram muito felizes por receber indígenas em suas casas.
Embora eu penso que a Igreja ainda tem muito a fazer pelo povos indígenas, por conta dela tem sido participe nesse processo de colonização do Brasil e por nos catequizar.
Participo desses movimentos ligados a Igreja, não por simples fato de ter uma religião, mais trabalhar de forma junto a Igreja para que ela reveja o tamanho do prejuízo conosco e para que ela reveja, precisamos está juntos sempre cobrando atuações mais precisas referentes a nós indígenas donos dessa terra chamada Pindorama (Brasil).

Eu procuro deixar bem claro os nossos pontos de vista em relação a questão indígena com a Igreja, aproveitei o momentos que estavas muitos Bispos, como: Dom Maurício Grotto, da Diocese de Assis, Dom José Maria Pinheiro da Diocese de Bragança Paulista, Dom Gilberto Pereira Lopes de Campinas, Dom Pedro Luiz Stringhini Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, Dom Vilson Dias de Oliveira da Diocese de Limeira e Dom Paulo Mendes Peixoto da Diocese de São José do Rio Preto.
Colocações essas que levem a refletir e que lute mais por um história indígena melhor no contexto histórico, já que eles falam que estão lutando por nossas causas.
Mas a questão ecológica a qual foi tratada nesse encontro é uma questão social, política e cultural. A fome se agrava porque o sistema econômico defende a acumulação desenfreada de capital e mata a vida. Nossas terras padecem pela grilagem, improdutividade, latifúndio, transgenia, monoculturas e envenenamento. A indústria da cana de açúcar toma o lugar da produção de comida sadia, variada, de sabedoria enraizada nas culturas locais, para toda a nossa população.

A terra, mãe de todos nós, é viva. Ela tem que se defender até mesmo com violência, contra o efeito estufa, o aquecimento global e o agronegócio, e assim continuar a ser nossa casa comum.
Eu vou sempre carregar a nossa bandeira de luta Indígena pelo resto da minha vida, pois ainda tenho muito a fazer pelo meu povo e minha nação em prol da Reforma Agrária já! Agronegócio e Barragens não!

Edcarlos (Carlinhos)
edpankararu@yahoo.com.br