Estes veículos parados prejudicam mais ainda a situação da saúde indígena nas aldeias do sul da Bahia. Os próprios funcionários e motoristas lamentam, por ter seus salários atrasados, e nós lamentamos mais ainda, por não ter uma assistência ao nível que precisamos exames que marcamos há meses e não foram feitos nossos velhos morrendo desnecessariamente por falta de assistência e medicamentos, as crianças numa situação que não agüentamos mais, as crianças são muito frágeis doenças infecto contagiosas como a catapora, caxumba, poliomielite, rubéola, meningite o sarampo a diarréia são casos muito constantes em nossas comunidades que esta levando muitas crianças a morte, por falta da Funasa não esta dando assistência. Os casos de racismo também acontecem, e o que me deixa triste é que o racismo parte de pessoas que sofrem com o racismo, um índio de nossa aldeia foi caluniado por uma enfermeira negra na cidade de Pau-Brasil, que só porque ela pensa que é enfermeira ela pode esta acima das demais pessoas? São fatos que temos que lamentar muito.
O que queremos é uma solução para esses problemas, uma resposta até sexta-feira, a parti de sexta-feira se os problemas não forem solucionados, o conselho local de saúde indígena, juntamente com uma comissão de lideranças indígenas e membros das comunidades estamos com uma proposta de irmos ao Distrito Federal e Salvador, para reivindicar os nossos direitos e as situações citadas a cima.

Prazo este estimado até o dia 15/09/2006 pelos caciques e lideranças indígenas, se houver o pagamento dos funcionários e o funcionamento dos veículos normalmente dentro das aldeias.

Puhuy-pataxó hãhãhãe, em nome de caciques, lideranças e conselheiros de saúde indígenas.