Pensando na constante busca do “SER”, mas, precisamente do homem procuro entender o que o faz levar por caminhos tão sinuosos e estreitos, e muitas vezes tão largos e compridos. Nessa tentativa incessante, acaba por se perder não completando sua trajetória. Acabam por se afastar da fonte primária, que é a essência humana, o SER na sua simplicidade, na pureza da Vida. Percebo que muitos fracassam devidas suas escolhas terem sido baseadas em algo que se distancia da realidade palpável, estão cegos pela ignorância desconhecem a importância de se relacionar com o todo de sentir sua própria razão.
Somos parte do Universo e seguimos um propósito natural uma completude com diversos tons e matizes todos com início, meio, e fim, que se renova sempre dando prosseguimento a existência da Vida. Não existe uma longevidade eterna da matéria, e sim uma transformação.
Não precisamos ir tão longe para percebermos que tudo é mutável, basta olhar para dentro de si mesmo lembrar por quantas mudanças houvera de passar até chegar à fase adulta, e de quanta ajuda precisou receber para atingir essa condição, e diante de tais circunstâncias o quanto insignificantes pode ser. Principalmente, quando acreditamos que somos capazes de mudar o mundo, transformar a Natureza, em ser o melhor, o mais inteligente, possuir maior quantidade de bens, ou até mesmo nos tornar imortal.
Esquecendo da ordem natural o Homem acredita ser capaz de dominar a própria Natureza acaba provocando o fim de todas às coisas existentes, se fechou no egocentrismo nada mais importa além dos seus próprios interesses colocando de lado sua verdadeira essência, não consegue enxergar nem mesmo aqueles que o ajudaram a chegar à plenitude. Afastando-se totalmente da sua verdadeira identidade, das suas raízes se tornando um vento de ilusão incapaz de amar a si próprio.
Não podemos ir tão longe, porque acabamos nos afastando um dos outros, e não sabemos o que nos aguarda na frente, nem por caminhos tão largos, eis que de repente possa surgir uma companhia desagradável, um perigo iminente, e não teremos condição de buscar um refúgio, ou em caminhos sinuosos ou estreitos onde às armadilhas são mais poderosas, não conseguimos enxergá-las antes.
Observando todas às coisas existentes, procurando sentir, ouvir, e enxergar o que encontramos em nossa trajetória, acabamos por perceber que somos corpo do mesmo corpo, interagindo com todas elas, tornando-se um corpo coletivo, e não indivíduos auto-suficientes pré-determinados ao comando. Portanto não há ídolos, a realidade existe, está ao alcance de todos nós. Cada um atuando mutuamente, formando uma grande corrente. Imaginamos uma realidade onde houvesse um único exemplar de cada coisa existente, por exemplo, só um Homem, ou somente, uma Mulher, ou uma só árvore, um só rio, ou, até mesmo se houvesse só o Homem e mais nada, tudo fosse um grande deserto? Alguns irão dizer os mais crentes, que seria de acordo, e eu digo se fosse para ser uma única coisa, não haveria tantas!
Não existimos para a mesquinharia para nos fecharmos em um casulo, nascemos para ser livres, mas, como a liberdade do peixe

Yakuy Tupinambá
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