A União da Juventude Pankararu – UJP- tem o compromisso de contribuir com as discussões de gênero nas Aldeias, a fim de ampliar o debate sobre igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Enquanto formadores/as de opinião, temos que inserir no cotidiano do povo, reflexão sobre todas as formas de descriminação.

A reprodução da descriminação de gênero, acontece inclusive de forma velada, sutil. Está presente nos livros didáticos, nos símbolos, na linguagem, nos conceitos e conteúdos didáticos.  Por exemplo: ainda se diz que o menino é mais forte, esperto, curioso, corajoso (espelho do papai), portanto homem não chora, quem chora é menina, que é frágil, doce, meiga (espelho da mamãe). Em muitas Aldeias, ainda se reverencia a mulher como rainha do lar, responsável pela limpeza da casa e pelos cuidados com os filhos. Já o homem é visto como o provedor da família trabalha fora, garante o sustento – é o chefe.

 Essa reprodução vai além e se manifesta na repressão aos comportamentos e expressões e expressões da alma e do corpo. Ao menino cabe soltar pipa, jogar bola, soltar o corpo. À menina cabem as brincadeiras de roda, de boneca e, claro, comprimir e anular seu corpo.

 8  DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

 No mundo inteiro, as comemorações do 8 de março estão vinculadas às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, por uma vida mais digna e por uma sociedade justa e igualitária. Essa luta é antiga e contou com a força de inúmeras mulheres que nos vários momentos da historia resistiram ao machismo, à descriminação e a tantas outras formas de violência.

 Não há precisão histórica sobre a escolha da data, pois existem controvérsias sobre o fato ou evento que a originou.

 O 8 de março passou a ser comemorado com mais intensidade, no mundo inteiro na década de 60, com o fortalecimento do movimento feminista. Em 1975, a Organização nas Nações Unidas (ONU) instituiu a data como o Dia Internacional da Mulher.